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Curitiba – O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Paraná estima economizar em torno de R$ 4 milhões por ano caso a proposta alternativa de extinção de 16 das 206 zonas eleitorais do Estado seja aceita pela Corte Superior. Conforme o presidente do órgão, Adalberto Jorge Xisto Pereira, o valor é o que é gasto atualmente com pagamento de gratificações a juízes eleitorais, promotores e servidores das unidades que deixarão de existir. Ele concedeu entrevista coletiva nessa sexta (18), em Curitiba, um dia após se reunir com o presidente do TSE, Gilmar Mendes, em Brasília, para discutir a questão.

A primeira resolução do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), que previa a extinção de 83 zonas do Paraná, encontrou resistência, principalmente de parlamentares e servidores da Justiça Eleitoral. O argumento é de que ela comprometeria o combate à corrupção eleitoral e outros ilícitos. "Os próprios políticos têm uma crença muito forte na Justiça Eleitoral – e isso nos orgulha muito – de que ela é necessária para o bom andamento dos pleitos, ou seja, para a fiscalização; para que tenhamos eleições sempre limpas", disse Xisto.

O desembargador voltou a frisar que a redução no número de zonas eleitorais, em 13 municípios, não irá causar nenhum transtorno aos cidadãos. Segundo maior colégio eleitoral do Estado, Londrina passará a ter quatro, ao invés de sete cartórios, para atender a aproximadamente 370 mil eleitores, incluindo os de Tamarana. A resolução do TSE prevê a necessidade de uma zona eleitoral para cada 100 mil votantes. "O eleitor vai receber o título eleitoral já constando a nova zona", contou. Para as eleições de 2018, os locais de votação e sessões também permanecem os mesmos.

Em todo o Brasil, a estimativa é de um corte de gastos de R$ 74 milhões anuais. Ainda de acordo com o presidente do TRE, não há um prazo certo para que Gilmar Mendes informe se a proposta foi ou não aceita. "Eles vão analisar os planejamentos realizados pelos Estados – são 27 – e só depois comunicar a decisão às regionais. Mas a expectativa é de que seja. Fizemos audiências públicas em todos os municípios. A população não queria a extinção das zonas. Cientes dessas reivindicações que deliberamos por manter", destacou.