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"Corte de ponto não é punição, corte de ponto é cumprir a lei"
Ministro Luís Adams (Advocacia Geral da União) sobre a greve dos servidores federais

Suspensão de direitos políticos, a pena máxima
Juristas que não estão envolvidos no julgamento do mensalão e ministros aposentados de tribunais superiores são céticos quanto à possibilidade de punição severa para réus figurões, como o petista José Dirceu. A aposta é que, no máximo, réus como o ex-ministro da Casa Civil terão seus direitos políticos suspensos temporariamente, como punição máxima. Se houver cadeia, será para os "operadores".

Dupla condenação
É grave a situação de Marcos Valério e Delúbio Soares. Aposta-se na condenação dos dois, e ao menos Valério deverá cumprir pena.

Deputados no sal
Os deputados envolvidos têm motivos de preocupação, especialmente João Paulo Cunha (SP) e Paulo Rocha (PA), ambos do PT.

Pego pela boca
É difícil a situação de Duda Mendonça: condenado por envolvimento com brigas de galo, ele já não é réu primário e seria réu confesso.

Único medo
Em conversas reservadas, José Dirceu afirma inocência, mas confessa o temor de que o STF acolha a acusação de formação de quadrilha.

Aposentados do INSS denunciam o Brasil à OEA
A Federação dos Aposentados e Pensionistas de Mato Grosso do Sul denunciou o governo brasileiro na Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA) por "omissão e descaso" com os aposentados do INSS que ganham mais de um mínimo. O documento da Fapemns mostra a redução de renda dos pensionistas nessa faixa, "empobrecendo milhões de brasileiros".

Dignidade
Na denúncia, o Brasil estaria infringindo a "igualdade perante a lei e o respeito à dignidade humana", determinados pela Constituição.

Campo de batalha
O Brasil, que já perdeu várias vezes na OEA, foi acusado de afrontar a Carta Democrática Interamericana, violando direitos do aposentados.

Sonho tucano
O senador tucano Álvaro Dias (PR) já descartou a possibilidade, mas o PSDB de Brasília ainda sonha com sua candidatura ao governo do DF.

Ela esnobou a Embraer
A presidenta Dilma ignorou completamente o convite para prestigiar a inauguração de duas fábricas da Embraer em Évora, Portugal, que vai gerar mil empregos diretos. Só Guido Mantega (Fazenda) diz que vai.

Maulf festeja Haddad
O deputado Paulo Maluf (PP-SP) está empolgado com a campanha do petista Fernando Haddad à prefeitura de São Paulo: "Ele foi de 6 para 9 pontos nas pesquisas, cresceu 50%. Acho que vai ser eleito".

Rebelião na base
A bancada do Nordeste faz reunião quarta (22) para discutir a escolha do novo presidente do BNB, Ari Lanzarin, escolhido pela presidenta Dilma sem ouvir qualquer governador da região, nem mesmo aliados.

Rebeldes unidos
O PDT está organizando seminário com o PPS e o PSOL, no DF, após as eleições, para discutir cenário local e estratégias políticas. As três siglas pularam fora da base do governo Agnelo Queiroz (PT).

Aeroporto rodoviária 

O senador Magno Malta (PR-ES) criticou o plano de concessões de rodovias e ferrovias da presidenta Dilma. Diz que o aeroporto de Vitória mais parece rodoviária, prova de que os recursos não chegaram.

Pancadaria na Câmara
O deputado José Mentor (PT-SP) não está isolado no desejo de proibir a transmissão da pancadaria da MMA na TV, e o deputado e boxeador Popó (PRB-BA) quer levar os lutadores a debater a regulamentação do esporte na Câmara. Quem divergir não corre o risco de tomar porrada.

Porteira arrombada
Para melhorar o desempenho financeiro, a direção da estatal Infraero suspendeu treinamentos e proibiu o aumento de gastos em diárias e passagens de servidores da sede e das superintendências regionais.

O chefe é o maior
A área de comunicação da Infraero garante a simpatia do presidente da estatal, Gustavo do Vale, fazendo chegar todos os dias a seu gabinete fornadas de pães de queijo, retardando a decisão de terceirizar o setor.

Pergunta no piquete
Quando se inscreveram nos concursos públicos que venceram, os servidores em greve sabiam exatamente o salário que os aguardava?

PODER SEM PUDOR
O dono da grana
Nos anos 50, uma CPI investigava a ligação entre o governo Getúlio Vargas e o jornal Última Hora, de Samuel Wainer. O conde Francisco Matarazzo era interrogado pelo deputado Carlos Lacerda, ferrenho opositor de Getúlio:
- Sr. Matarazzo, o senhor deu dinheiro ao Samuel Wainer?
- Dei, sim – respondeu o rico empresário, sem pestanejar.
- E por que? – inquiriu Lacerda, desafiador.
- Ué! Dei porque o dinheiro é meu e faço dele o que bem quiser.
E encerrou a discussão.
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Com Ana Paula Leitão e Teresa Barros
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