Brasília - O Supremo Tribunal Federal (STF) encerrou ontem a sessão sem ter definido quando começa o cumprimento das penas dos condenados do mensalão. O presidente do STF e relator do processo, Joaquim Barbosa, não levou para aprovação dos demais colegas em plenário as informações sobre a decisão da véspera, que aprovou a execução imediata das punições, durante uma sessão confusa. Dessa forma, os condenados só devem ser presos na próxima semana.
Joaquim Barbosa passou boa parte da sessão de ontem fora da cadeira da presidência da Corte, ocupada interinamente pelo ministro Ricardo Lewandowski. Barbosa se declarou suspeito de votar em um processo que avaliava a incorporação de vantagens por juízes antes de eles ingressarem na magistratura. Ele nem sequer ficou no plenário durante a análise desse caso.
No retorno do intervalo, apesar da expectativa de que finalmente o caso do mensalão seria debatido, Joaquim Barbosa também não voltou ao plenário. Desde cedo, o relator do mensalão determinou a sua equipe passar um pente fino para fechar, a partir da decisão de anteontem do STF, quais condenados terão de cumprir imediatamente a pena.
Extraoficialmente, 11 condenados devem ir para a prisão nos próximos dias. Entre eles, o ex-ministro José Dirceu, o ex-presidente do PT e deputado federal José Genoino (SP) e o ex-tesoureiro petista Delúbio Soares.