Curitiba - O projeto 115/2014, que aumenta o capital social da Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) de R$ 2,6 bilhões para R$ 4 bilhões, voltou a gerar polêmica ontem na Assembleia Legislativa (AL) do Estado. O líder do governo na Casa, Ademar Traiano (PSDB), subiu à tribuna para rebater as acusações do deputado estadual Tadeu Veneri (PT), para quem a proposta pode levar à diluição do capital da empresa e, consequentemente, ao aumento da tarifa de água acima da inflação.
"A Sanepar não iria ao suicídio. Tem toda a condição necessária e favorável, toda a segurança jurídica, para colocar as ações no mercado brasileiro e buscar aquilo que é de direito nosso", disse o tucano, negando qualquer possibilidade de privatização da companhia. "Esse nível dois de governança está ampliando a transparência e, caso a Sanepar parta ao nível três, o governador terá de mandar nova mensagem à Assembleia, o que não é interesse", completou.
Veneri argumentou, contudo, que a operação não é recomendada, pelo fato de esse ser "um dos piores momentos da Bolsa dos últimos anos". Ele apresentou requerimento solicitando que o presidente da Sanepar, Fernando Eugênio Ghignone, compareça à AL para prestar esclarecimentos sobre o projeto. O convite, entretanto, não deve ser aceito, já que a empresa diz não detalhar a proposta pelo fato de estar submetida às rígidas regras da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).