A Mesa Executiva da Câmara Municipal protocolou na semana passada um projeto que visa liberar mais de R$ 3,6 milhões do Fundo Especial do Legislativo para a Prefeitura de Londrina. Os recursos serão usados para custear a elaboração do Plano de Mobilidade Urbana, que deve ser enviado ao governo federal até o início de 2018. Se o planejamento não for encaminhado até essa data, a cidade ficará impedida de receber investimentos na área.

Em ofício destinado à Câmara, o prefeito Marcelo Belinati (PP) justificou que o não cumprimento do prazo pode prejudicar o desenvolvimento do Plano Diretor Metropolitano e a renovação do contrato de concessão do serviço de transporte coletivo municipal. Belinati apontou que "em levantamentos internos, o IPPUL (Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano) verificou a falta de dados atualizados para um diagnóstico que possa indicar respostas a demanda por um sistema viário mais eficiente".

Dentre os estudos a serem desenvolvidos, estão o reordenamento de circulação de veículos e pessoas na área central, adequação do SuperBus e avaliação econômica do sistema com a revisão da concessão do transporte coletivo. Segundo o Plano de Mobilidade Urbana, uma pesquisa será feita em cinco mil domicílios de Londrina e em oito distritos.

Em ofício enviado aos vereadores, Marcelo Belinati (PP) justificou urgência e curto prazo para a liberação de R$ 3 milhões do Fundo Especial
Em ofício enviado aos vereadores, Marcelo Belinati (PP) justificou urgência e curto prazo para a liberação de R$ 3 milhões do Fundo Especial | Foto: Reprodução/CML



Além disso, 1.500 usuários de ônibus serão consultados sobre a qualidade do serviço. As entrevistas acontecerão em todos os dias da semana a bordo dos coletivos e linhas menores. O levantamento prossegue com a opinião de pelo menos 600 ciclistas sobre destinos, rotas e origens das viagens nos principais corredores de Londrina.

Cerca de 30 pontos que mais registram congestionamentos no trânsito local, ainda a serem identificados pelos técnicos do IPPUL, serão fontes de pesquisa para o planejamento de mobilidade. Os trabalhos serão concluídos em até 14 meses.

De acordo com o presidente da Câmara, Mário Takahashi (PV), a liberação não irá comprometer as reformas já previstas no prédio do Legislativo e construção de um anexo, obras que serão custeadas com o dinheiro do Fundo Especial. "Lá pra frente, caso seja necessário, a prefeitura pode repor os valores. Porém, um estudo preliminar confirmou que o caixa disponível atualmente é o suficiente", disse.

Hoje, o Fundo Especial da Câmara tem saldo de R$ 13,7 milhões. Até 2021, o índice subirá para R$ 17,2 milhões. O projeto protocolado pela Mesa Executiva tramitará normalmente nas comissões da Casa. "Como o prazo pro Município entregar o Plano de Mobilidade é bem apertado, os vereadores farão uma força-tarefa para que a proposa seja aprovada o mais rápido possível", concluiu.