Curitiba - O governador Beto Richa (PSDB) deve enviar à Assembleia Legislativa (AL) do Paraná, nos próximos dias, mais um "pacote anticrise", o sexto desde a sua reeleição, em 2014. A informação foi confirmada pelo líder da situação na Casa, Luiz Cláudio Romanelli (PSB), durante a sessão plenária de ontem. A justificativa é a mesma dada nos ajustes fiscais anteriores: é preciso cortar gastos, para superar as dificuldades impostas pela crise econômica nacional.

Romanelli negou, por outro lado, que Beto pretenda criar impostos ou taxas. "São medidas que ainda estão sendo analisadas, de racionalização do uso de dinheiro público, geração de receitas para fazer frente às despesas e, ao mesmo tempo, adequar algumas legislações que temos no Estado", contou. "Por exemplo: a antecipação, ou melhor, a conclusão que temos da concessão do gás canalizado. Os atuais concessionários poderão continuar, pelo preço que o governo está propondo, ou não", adiantou.

O deputado desconversou sobre possíveis retiradas de direitos do funcionalismo. "De forma direta, não há nada que trate de servidor. Os temas são todos sempre debatidos de forma transparente", disse. No último pacote, aprovado no início do mês, o Executivo instituiu a diária especial por atividade extrajornada para policial, educador social e agente penitenciário, além de alterar o pagamento de gratificações e reformular órgãos da administração. Antes dele, porém, houve medidas mais polêmicas, como a que mexeu na aposentadoria dos servidores e a que reajustou IPVA e ICMS.