Curitiba – A votação do impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff (PT) no Senado repercutiu ontem na Assembleia Legislativa (AL) do Paraná, onde a base aliada ao governador Beto Richa (PSDB), adversário da petista, é maioria. Para o presidente da Casa, Ademar Traiano (PSDB), que também comanda o PSDB estadual, a saída definitiva de Dilma está dentro do previsível. "O Brasil não suporta mais uma situação como essa, de desconforto. A economia está estagnada. Dependemos dessa decisão para voltarmos a crescer e devolvermos a todos os brasileiros a confiança na possibilidade de mudanças."
O líder da situação, Luiz Cláudio Romanelli (PSB), porém, criticou o processo. "Não vou mudar um milímetro a minha posição. Para mim, é um golpe parlamentar. Não há crime de responsabilidade. A presidente está sendo julgada por senadores implicados por temas extremamente complexos da Operação Lava Jato. É uma votação política."
Líder da oposição, Requião Filho (PMDB) fez avaliação diferente da do pai, o senador Roberto Requião (PMDB), uma das vozes mais contundentes na defesa de Dilma. "Eu tenho um orgulho danado de ser filho de um político que não muda seus valores nem pra ajudar o filho", afirmou, antes de frisar ser a favor da convocação de novas eleições.