Curitiba - Em nota de condolências, o juiz federal Sérgio Moro afirmou nessa quinta (19) que está "perplexo" com a morte de Teori Zavascki. "Sem ele, não teria havido a Operação Lava Jato", afirmou em uma nota de pesar emitido pela 13ª Vara Federal de Curitiba. Moro disse que o ministro foi "um grande magistrado e um herói brasileiro". "Espero que seu legado, de serenidade, seriedade e firmeza na aplicação da lei, independente de interesses envolvidos, ainda que poderosos, não seja esquecido", disse.
O governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), também emitiu nota pesar onde classificou a morte de Teori como "uma perda inestimável". "Todos ficamos chocados. O ministro Teori Zavaski vinha se destacando no Supremo Tribunal Federal pela profundidade e pela maturidade de seus votos e de seus pareceres."
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, também divulgou nota no início da noite dessa quinta-feira (19) lamentando a morte de Teori Zavascki. Para Janot, Teori "honrou o papel de magistrado, ao atuar de forma ética, isenta, discreta e extremamente técnica durante toda sua carreira". Ainda conforme o procurador-geral, como relator da Lava Jato, o ministro não hesitou em adotar medidas inéditas para a Suprema Corte, a pedido do Ministério Público Federal. "É inegável e inquestionável a grande contribuição que o ministro Teori Zavascki deu ao Estado Democrático de Direito Brasileiro a partir de sua atuação como magistrado", afirmou Janot.

DILMA
A ex-presidente Dilma Rousseff, que indicou Teori ao Supremo Tribunal Federal durante seu primeiro mandado, em 2012, divulgou nota na qual afirma que foi um "privilegio" tê-lo nomeado. "É com imenso pesar que recebo a notícia da trágica morte do ministro Teori Zavascki. Hoje perdemos um grande brasileiro. Como juiz e cidadão, Teori se consagrou como um intelectual do Direito, zeloso das leis e da Justiça", escreveu a petista.
Já o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG) disse estar "profundamente impactado com a tragédia que envolveu" o magistrado e outros passageiros do mesmo voo. "O Brasil tem uma grande dívida de reconhecimento e gratidão com o ministro pela forma equilibrada e responsável com que ele conduziu um dos momentos mais difíceis da história do país", escreveu Aécio. "Ele honrou a cadeira que ocupou na nossa mais alta Corte. Meus profundos sentimentos às famílias e às vítimas".
Presidente nacional do DEM, o senador Agripino Maia (RN) divulgou nota na qual afirma que "a nação consternada lamenta a tragédia que vitimou" o magistrado. "A Suprema Corte perde uma referência que o Brasil vê como modelo de equilíbrio e saber jurídico. À família enlutada, meus mais sentidos votos de pesar", concluiu o senador.