A equipe de transição nomeada pelo prefeito eleito de Londrina, Marcelo Belinati (PP), se reúne nesta sexta-feira (21) com os secretários das pastas ligadas às finanças para saber "a real situação" das contas municipais. O encontro será a partir das 14 horas com Paulo Bento (Fazenda), Daniel Pelisson (Planejamento) e João Carlos Barbosa Perez (Controladoria).
"A intenção é uma conversa individual com o titular da cada pasta para ouvir sobre as finanças, o planejamento e o orçamento. Somente com os números reais do município poderemos planejar os quatro anos do próximo governo", disse Marcelo Canhada, coordenador da equipe de transição. "Primeiro temos que tomar pé de toda a real situação para, então, começarmos a montar a equipe (de governo), escolhendo o perfil de cada secretário com base nos números que encontrarmos", afirmou o prefeito eleito.
O deficit projetado pela Controladoria do Município, divulgado na prestação de contas do segundo quadrimestre, é de R$ 47 milhões até o final do ano. A administração do prefeito Alexandre Kireeff (PSD) já recorreu a um programa de recuperação fiscal (Profis) e adotou medidas de contingenciamento para tentar equilibrar as contas até o final da gestão.
Até agora, a equipe de Belinati já fez reuniões com secretários e técnicos das secretarias do Idoso, Trabalho e Cultura. "Vamos continuar essas reuniões porque a intenção é visitar todos os órgãos da prefeitura", disse Canhada, adiantando que para a próxima semana já foi agendada visita à Caixa de Assistência, Aposentadoria e Pensões dos Servidores (Caapsml). "É um órgão extremamente importante em razão da questão financeira que envolve a Caapsml." No orçamento para 2017, o Executivo destina apenas R$ 1 mil para a autarquia, enquanto a previsão de deficit atuarial é de aproximadamente R$ 80 milhões.
Paralelamente às visitas, a comissão de transição também encaminhou ofícios a todas as secretarias e órgãos municipais solicitando uma série de informações por escrito, como a situação financeira e orçamentária, incluindo valor empenhado em 2015, valor orçado para 2016 e empenhado até setembro e projeção de empenho até dezembro, valor da proposta orçamentária para 2017; previsão de investimentos para o próximo ano; estrutura organizacional de cada secretaria; quadro funcional; rol dos projetos em andamento e projetos ainda não iniciados; além de outras perguntas, específicas para cada pasta. "O objetivo é saber o que está dando certo para dar continuidade; melhorar o que precisa ser melhorado e implantar novos projetos para atender à demanda por serviços públicos", finalizou Canhada.