Eleito prefeito de Curitiba, Greca comemora vitória sobre Leprevost: "eu voltei"

Em uma eleição apertada, o engenheiro e urbanista Rafael Greca (PMN), de 60 anos, se elegeu neste domingo (30) prefeito de Curitiba.

| Foto: Giuliano Gomes/Estadão Conteúdo

O político do PMN, que já administrou a cidade entre 1993 e 1996, desbancou o deputado estadual licenciado Ney Leprevost (PSD). Conforme o Tribunal Regional Eleitoral (TRE), com 100% das urnas apuradas, Greca tinha 461.736 votos (53,25%), contra 405.315 (46,75%) do adversário.

Em entrevista na chegada ao TRE, o prefeito eleito de Curitiba disse que se reunirá nesta segunda-feira (31) com o governador do Paraná (PSDB), Beto Richa (PSDB), para discutir questões como a reintegração do transporte metropolitano e as filas de espera nos postos de saúde. O tucano foi um dos principais apoiadores de Greca, tendo inclusive indicado seu vice, Eduardo Pimentel Slaviero. Com índice de reprovação de 49%, segundo pesquisa Ibope divulgada em setembro, porém, Richa acabou aparecendo pouco na campanha.

"A vontade é de servir Curitiba com grande energia. Amanhã mesmo vou visitar o governador para falar sobre reintegração do transporte. Vou também falar sobre a parceria para zerar as filas de especialidades, porque o povo não pode esperar por um exame, por exemplo, que o olho está para estourar por diabetes, três anos. As pessoas não podem receber sentenças de morte ou de vida adiada nos postos de saúde. Então, nós vamos botar ordem nisso e, com a ajuda do governo do Estado e dos hospitais estabelecidos em Curitiba, nós vamos fazer", afirmou.

A gestão da rede de ônibus foi desintegrada no ano passado, após a prefeitura da capital paranaense e o Executivo estadual não se entenderem sobre o valor do subsídio fornecido ao município pelo Estado. O político do PMN garantiu ainda que trabalhará para refazer a malha viária da cidade. "Ontem eu fiz uma carreata e a minha barriga ficou toda soqueada. Eu me senti um lutador de MMA, porque cada buraco me dava um 'trompaço' na barriga", contou.

A coligação de Greca, "Inovação e Amor", tinha, além do PMM e do PSDB, outras cinco legendas: PSB, DEM, PTN, PSDC e PtdoB. Questionado se "acomodaria" todas elas na administração, ele assegurou que não. "São [partidos] todos tão pequenos. Não vai haver problema nenhum. Eu vou governar mais com os meus colegas técnicos da prefeitura".

MARINGÁ: com 58,88%, - 118.635 votos, Ulisses Maia (PDT) foi eleito prefeito, contra 41,12% - 82.868 votos - de Silvio Barros (PP).

| Foto: J.C. Fragoso /Diário do Norte do Paraná

PONTA GROSSA: com 55,38% dos votos - 98.058 -, Marcelo Rangel (PPS) foi reeleito prefeito de Ponta Grossa. Na disputa do segundo turno, ele venceu Aliel Machado, da Rede Sustentabilidade, que ficou com 44,62% dos votos (79.008).

| Foto: R. Covolan/Jornal O Diário dos Campos