O advogado curitibano Marlus Arns de Oliveira também foi painelista da 8ª edição do EncontrosFOLHA. Ele é diretor executivo do Instituto Brasileiro de Direito Penal Econômico (IBDPE) e defende aproximadamente 20 pessoas investigadas na Lava Jato, incluindo o ex-presidente da Câmara e deputado cassado, Eduardo Cunha. O advogado defende que seu principal cliente já deveria estar respondendo às acusações em liberdade. Nesta semana, mais um habeas corpus foi negado pela Justiça.

Ele comentou que atualmente Cunha responde por duas acusações penais: uma no Paraná e outra em Brasília. "A ação penal em Curitiba está em fase final e a de Brasília, em fase inicial. Já demonstramos que na ação penal de Curitiba alguns fatos não são verdadeiros no que diz respeito à acusação contra ele, e estão sendo analisado com calma outros fatos que precisam ser confrontados. Estamos na fase das alegações finais, com o prazo vencendo na próxima segunda-feira. Estamos apresentando provas para indicar que pelo menos uma parte dos fatos não é verdadeira e a outra é bastante discutível".

O advogado de defesa aproveitou para dizer que a prisão de Cunha "não é mais necessária". "No processo em Curitiba a instrução processual, ou seja, a coleta de provas, já foi feita, o que indica processualmente que ele poderia estar em liberdade. Foi julgado um habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça e apesar da liberdade não ter sido concedida, alguns ministros já sinalizaram no sentido que não há risco de fuga e ele poderia responder ao processo em liberdade. Ele está apreensivo, acompanhando o processo passo a passo, nos auxiliando com os fatos para fazer a prova defensiva e na expectativa ter um habeas corpus favorável e responder ao processo em liberdade". (V.L.)