No evento dessa segunda-feira (4), a procuradora-geral da República e procuradores-gerais de Justiça assinaram um Pacto do Ministério Público Brasileiro contra a Corrupção e também anunciar a criação do Comitê Permanente do MP Brasileiro para as eleições 2018.

O objetivo do comitê será prevenir e reprimir a corrupção nas eleições do próximo ano. A presidência do comitê será realizada por Raquel Dodge e a coordenação do grupo será desempenhada pelo vice-procurador-geral-eleitoral Humberto Jacques de Medeiros.

O comitê para as eleições vai fazer o alinhamento de medidas que serão adotadas no enfrentamento à corrupção eleitoral, realização de ações educativas e incentivo aos promotores eleitorais para criar comitês de lideranças locais que ajudem a coletar evidências de financiamento ilícito de campanha, caixa dois, compra de votos e outros crimes.

Presente no evento, o Secretário Nacional de Justiça, Rogério Galloro, afirmou que combater a corrupção é basilar na Polícia Federal, no Ministério da Justiça e o Ministério Público Federal é um dos "parceiros vitais". A ministra Grace Mendonça, da Advocacia-Geral da União, falou da importância de ações educativas para alterar o quadro de corrupção no País. "Se nenhum ser humano nasce corrupto, precisamos restaurar as nossas origens", afirmou a ministra.

"O combate à corrupção galvanizou o País nos últimos anos. Já foi dito várias vezes, mas não custa repetir, que da corrupção advém uma educação pior, uma saúde pior, um estado mais fraco. O País exige de nós todos um trabalho permanente, diuturno, incansável de combate à corrupção", afirmou o presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República, José Robalinho Cavalcanti.

O presidente da Associação Nacional do Ministério Público de Contas (Ampcon), Julio Marcelo de Oliveira falou da necessidade de aperfeiçoamento legislativo para aumentar a transparência e capacidade de investigação. Em referência ao projeto encampado pelo MP conhecido como "10 medidas de combate à corrupção", ele afirmou que "as dez medidas não morreram, mas vão renascer" em 2018. "Precisamos saber que candidatos se comprometem" com a agenda de combate à corrupção. (B.B.)