Governo vê ‘torcidas organizadas’ no badernaço
Chegou ao governo federal e a autoridades de segurança do governo do DF informações sobre a suposta participação de integrantes de torcidas organizadas do Corinthians nos atos violentos do badernaço de quarta (24), em Brasília. Conhecidos pelo estilo "briga de rua" que levam aos estádios, os grupos teriam sido recrutados por ex-dirigentes do clube ligados ao PT. Também tem sido atribuído a sindicalistas e "mortadelas" ligados à Força Sindical parte significativa da brutalidade.

Demonstração de força
Líder da Força Sindical, o deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP) se credenciou junto a Lula, em sua tentativa de reaproximação.

Cachê inflacionado
Sindicalistas ligados à CUT atribuem à Força Sindical cachê de R$360 a cada "mortadela" levado a Brasília em ônibus. A CUT pagaria R$50.

Força do dinheiro
Foi de R$49,6 milhões em 2016 a receita da Força só com contribuição sindical, em vias de extinção na reforma que, claro, a entidade deplora.

Pedido suspeito
No dia 23, senadores do PT pediram ao governador do DF para a PM não revistar ônibus que chegavam a Brasília para o protesto do dia 24.

Ação de Temer no TSE não tem prazo para acabar
O julgamento no Tribunal Superior Eleitoral do pedido de cassação do registro da chapa de Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (PMDB), nas eleições de 2014, tem início marcado para 6 de junho, mas não tem data para acabar. Cada um dos sete ministros da Corte Eleitoral tem direito a pedido de vista, para analisar melhor os fundamentos da ação. As defesas de Dilma e Temer também têm direito a recursos.

Pode demorar
O ex-governador do Amazonas José Melo (Pros) foi julgado por 9 meses somente no TRE. No final, acabou condenado.

Pode ser rápido
No TSE, José Melo foi julgado em menos de 45 dias: o julgamento teve início em 23 de março, pedido de vistas, e foi encerrado em 4 de maio.

Cabeça para baixo
Antes da delação-bomba da JBS, pouco acreditavam na cassação de registro da chapa Dilma-Temer. Depois disso, a expectativa inverteu.

Agenda de reformas
A base de apoio de Temer, incluindo o PSDB, não confia que o vice da Câmara, Fábio Ramalho (PMDB-MG), dará seguimento à agenda de reformas caso assumisse a Casa, com Rodrigo Maia presidente.

Previdência no saco
Aliados do governo perderam o otimismo da aprovação da reforma previdenciária, tão necessária ao País. O próprio relator Arthur Maia (PPS-BA) não esconde que a delação de Joesley foi um tiro mortal.

Trabalhador agradece
Comissão do Senado aprovou mudar a correção do FGTS dos míseros 3%, atuais, para a Selic. O senador Anastasia (PSDB-MG) não quer "novos usos", além dos atuais compra de imóvel e saque na demissão.

Coincidências
Bemvindo Sequeira, que interpretará Itamar Franco no filme "Real - O Plano por Trás da História" é inimigo de Roberto Freire desde que o presidente do PPS rompeu com Lula, após o mensalão. O deputado, no entanto, sempre foi respeitado e querido por Itamar.

Devotos de São João
Se antes eram os servidores que reclamavam de Eduardo Cunha por não dar folga para as festas de São João, agora são os deputados que sonham com a semana a mais de folga, para evitar a poeira da JBS.

Punição automática
O projeto do deputado Lelo Coimbra (PMDB-ES) pune o acusado beneficiado de informação privilegiada da própria delação, como no caso JBS. Prevê multa de 50 vezes o valor recebido. E não precisaria ser identificado o dolo, apenas a mera transação já geraria a punição.

Alívio tucano
O PSDB da Câmara comemorou a exclusão do deputado Betinho Gomes (PE), pelo ministro Edson Fachin, do rol de inquéritos da Lava Jato. Delatores da Odebrecht o acusam de receber doações no caixa 2.

Coincidência
A saída de Maria Silvia Bastos do comando do BNDES ocorreu 24h após o Senado autorizar a instalação de CPI Mista para investigar a empréstimos concedidos, na gestão do PT, pelo BNDES à JBS/J&F.

Tradições tucanas
O senador Tasso Jereissati diz que o PSDB fica no governo até Michel Temer ser cassado. Ou seja, só desce do muro se este cair.

PODER SEM PUDOR
Contra o crédito
Ministro da Fazenda do governo JK, José Maria Alkmin andava preocupado com a escalada da inflação e decidiu adotar medidas para combatê-la. Fez mais: iniciou uma campanha contra o crediário, para ele, inflacionário. A Associação Comercial do Rio de Janeiro não gostou, claro, queixando-se ao presidente. JK convocou Alkmin, que logo se explicou:
- Mas, presidente, a minha campanha é contra as compras a prestação e não contra as vendas...

Com André Brito e Tiago Vasconcelos
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