A pe­di­do da Or­dem dos Ad­vo­ga­dos do Bra­sil (OAB), o pre­si­den­te do Su­pe­rior Tri­bu­nal de Jus­ti­ça (STJ), mi­nis­tro Ari Par­gen­dler, di­vul­gou se­ma­na re­tra­sa­da que 35 pro­ces­sos con­tra go­ver­na­do­res e ex-go­ver­na­do­res fi­ca­ram pa­ra­dos des­de 2003 no tri­bu­nal aguar­dan­do li­be­ra­ção das as­sem­bleias le­gis­la­ti­vas es­ta­duais. O Pa­ra­ná li­de­rou o ran­king de blin­da­gem a au­to­ri­da­des, com se­te ­ações pe­nais in­con­clu­sas, se­gui­do por San­ta Ca­ta­ri­na e Dis­tri­to Fe­de­ral, com ­seis. Ala­goas, Ma­to Gros­so do Sul e Ro­rai­ma têm qua­tro ­ações pe­nais. Ma­ra­nhão, ­Goiás, São Pau­lo e Rio de Ja­nei­ro pos­suem uma
ca­da um.
  O ex-go­ver­na­dor do Pa­ra­ná Ro­ber­to Re­quião (­PMDB), à fren­te do Exe­cu­ti­vo es­ta­dual en­tre 2003 e 2010, man­te­ve uma am­pla ba­se de ­apoio no Le­gis­la­ti­vo du­ran­te o pe­río­do e é al­vo de ­seis das se­te ­ações pe­nais. A úl­ti­ma ­ação pe­nal que ain­da de­pen­de do ­aval dos par­la­men­ta­res se­ria con­tra o ­atual go­ver­na­dor, Be­to Ri­cha (­PSDB), mas, co­mo cor­re em se­gre­do de Jus­ti­ça, a re­por­ta­gem não con­se­guiu in­for­ma­ções so­bre o con­teú­do des­te pro­ces­so.
  A jus­ti­fi­ca­ti­va pa­ra os ca­sos são re­gras re­gio­nais que en­ges­sam os jul­ga­men­tos no STJ de cri­mes co­muns e de res­pon­sa­bi­li­da­de. No Pa­ra­ná não é di­fe­ren­te, ­pois a Cons­ti­tui­ção do Es­ta­do, no ar­ti­go 54, diz ser com­pe­tên­cia pri­va­ti­va da As­sem­bleia Le­gis­la­ti­va ‘‘pro­ces­sar e jul­gar o go­ver­na­dor e o vi­ce-go­ver­na­dor, nos cri­mes de res­pon­sa­bi­li­da­de, e os se­cre­tá­rios de Es­ta­do, nos cri­mes da mes­ma na­tu­re­za co­ne­xos com ­aqueles’’. Já no ar­ti­go 89 es­tá pre­vis­to que acu­sa­ções con­tra o go­ver­na­dor do Pa­ra­ná pre­ci­sam da apro­va­ção de ­dois ter­ços dos de­pu­ta­dos es­ta­duais pa­ra se­rem sub­me­ti­das a jul­ga­men­to no STJ, ‘‘nas in­fra­ções pe­nais co­muns, ou pe­ran­te a pró­pria As­sem­bléia Le­gis­la­ti­va, nos cri­mes de ­responsabilidade’’.
  Des­de o dia 23 de ­abril, o Con­se­lho Fe­de­ral da OAB in­ten­si­fi­cou os pe­di­dos de re­vi­são das cons­ti­tui­ções es­ta­duais, pro­to­co­lan­do no Su­pre­mo Tri­bu­nal Fe­de­ral (STF) ­Ações Di­re­tas de In­cons­ti­tu­cio­na­li­da­de (­ADIs) con­tra 22 es­ta­dos e o Dis­tri­to Fe­de­ral, ­além de in­gres­sar co­mo ami­cus cu­riae (par­te in­te­res­sa­da) em ou­tras ­três ­ações da mes­ma na­tu­re­za ajui­za­das pe­la Pro­cu­ra­do­ria-Ge­ral da Re­pú­bli­ca.

● É um dos órgãos máximos do Poder Judiciário do Brasil. Sua função primordial é zelar pela uniformidade de interpretações da legislação federal brasileira; é chamado de ‘‘Tribunal da Cidadania’’

● Governador é o mais elevado cargo político eletivo que representa a autoridade máxima do poder executivo no Estado; é eleito a quatro anos e pode se reeleger



O Programa Folha Cidadania tem como objetivo criar o hábito de leitura entre os jovens.