Curitiba - Após cancelar licitação para compra de um novo sistema de votação e painel eletrônico em 2016, que causou polêmica pelo custo de R$ 2,3 milhões, a Assembleia Legislativa (AL) fatiou a compra dos mesmos equipamentos em quatro editais de licitação diferentes – que, ao fim, devem resultar num gasto parecido.
Três editais já foram lançados e resultaram em contratos que, somados, custam R$ 980 mil. O valor é para a troca do painel eletrônico, que computa os votos dos deputados, troca de cabeamento e compra de equipamentos acessórios.
Nas próximas duas semanas, será lançado um novo edital para comprar novos sistemas de voto para cada um dos deputados, de acordo com o diretor-geral da AL, Roberto Costa Curta. Ele não estimou quanto será o custo. Mas, no edital cancelado de 2016, constava que 57 terminais individuais custariam R$ 498,5 mil.
Somado ao valor de manutenção, estimado em R$ 495 mil anuais também no mesmo edital, o valor total da modernização do plenário chegaria perto de R$ 2 milhões.
O presidente da AL, Ademar Traiano (PSDB), disse nesta quarta-feira (17) que o custo total seria "acima de R$ 1 milhão". Ele espera que os novos dispositivos estejam instalados até a volta do recesso parlamentar, em julho.
O objetivo de fatiar a compra foi para reduzir os custos, segundo Costa Curta. "Tinha-se pensado em fazer processo licitatório único, mas visando maior concorrência, foi separado de acordo com as especificidades", afirmou. "Com a divisão que houve, a tendência é para o preço abaixar".
O novo painel eletrônico começou a ser instalado nesta quarta-feira (17), ao custo de R$ 673,4 mil. O antigo havia sido instalado em 2008 e estaria obsoleto. Enquanto há a mudança, um painel alternativo será instalado na lateral do plenário, segundo Traiano.
Para o presidente, a compra dos equipamentos vai "facilitar o processo legislativo". Cada deputado terá monitores para acessar o conteúdo dos projetos, o trâmite dentro da Casa e outras informações, como o regimento interno. Além disso, os deputados passarão a contar com votação biométrica.
Lançada em julho de 2016, a primeira licitação foi cancelada após a divulgação veículos de imprensa e ser alvo de debates durante as sessões plenárias. O motivo do cancelamento, publicado em Diário Oficial, era para "alterações no conteúdo".