Brasília - Em nota, a defesa do ex-presidente Lula afirmou que a conclusão apresentada pela Polícia Federal de que o petista atuou para obstruir os trabalhos da Lava Jato é desprovida de qualquer fundamento jurídico e incompatível com a decisão proferida no último dia 14 pelo ministro do STF Celso de Mello. Naquela data, ao confirmar a indicação de Moreira Franco -também citado na Lava Jato- para o ministério de Michel Temer, Mello afirmou que "a investidura de qualquer pessoa no cargo de ministro não representa obstáculo a atos de persecução penal". "O ato do delegado Marlon Cajado se soma a diversas outras iniciativas de agentes públicos que perseguem Lula", diz a nota.
O advogado de Aloizio Mercadante, Pierpaolo Bottini, afirmou que o cliente não intercedeu junto a autoridades para tratar de delação. Em nota, o criminalista afirma que, nas conversas, Mercadante diz "que não interferiria na estratégia jurídica de Delcídio e nem na decisão por eventual delação". A ex-presidente Dilma Rousseff e os ministros Marcelo Navarro Ribeiro Dantas e Francisco Falcão, do STJ, não foram encontrados.