Apesar da desconstrução do legado do governo Dilma Rousseff pelo presidente interino Michel Temer (PMDB) e os seus ministros, a nova administração mostra em seu início mais semelhanças do que diferenças com a gestão da petista. Além da composição dos ministérios, com nomes conhecidos nos dois governos, a escolha de líderes investigados para a articulação política com o Congresso e a reunião com sindicalistas logo no início da gestão marcam semelhanças.
Dilma escolheu, no início do primeiro mandato em 2011, como chefe da Casa Civil, o ex-ministro Antonio Palocci, para ser o seu principal articulador entre os partidos que sustentavam o governo. Porém, ele deixou o cargo depois de apenas seis meses, envolvido em denúncias de enriquecimento ilícito. De acordo com o professor de Ética e Filosofia Política da Universidade Estadual de Londrina (UEL), Clodomiro Bannwart, "isso fragilizou seu diálogo com o sistema político e, sobretudo, com uma base inflacionada de interesses regionalizados".
Os substitutos, todos do PT, Gleisi Hoffmann, Ideli Salvatti, Mirian Belchior e Aloisio Mercadante, não foram bem na relação com o Congresso. Naquele início do mandato, Dilma demitiu sete ministros citados em investigações por supostos atos de corrupção.
Agora, na gestão Temer, o principais representantes do governo junto ao parlamento são Romero Jucá (PMDB), no Planejamento, cujos sigilos fiscal e bancário foram quebrados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por suposto envolvimento na Operação Lava Jato, e o deputado federal André Moura (PSC), como líder do governo, que responde a três inquéritos no STF.

Tanto no estilo e na forma de estruturar o chamado presidencialismo de coalização.

Resultando no termo "faxina ética" no governo.

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