Claudio Tencati, obrigado!
Não vivo do futebol, mas reconheço as alegrias que o Tubarão, sob o comando de Tencati, me proporcionou. Para longevidade em cargo, onde brevidade é a regra, se faz necessário primeiramente competência para trabalhar, não com o que se quer ou precisa, mas com o que se tem. Depois, capacidade de relevar. O que conhecemos como engolir sapo. Penso em quantos e quais engoliu. E, finalmente, saber dividir ganhos e se preocupar com os comandados. Obrigado, Tencati. Que a vida lhe dê as melhores oportunidades e que o aprendizado no Londrina lhe ajude a fazer as melhores escolhas.
ILDO YUKIO MARUBAYASHI (agricultor) – Londrina

Futebol revoltante
O futebol é um esporte jogado para frente. Seu objetivo principal é o gol. A beleza que presenciávamos antigamente desapareceu por completo. O malabarismo de um Rivelino, a "folha seca" de um Didi, as esticadas milimétricas de um Gerson, as defesas milagrosas de um Gilmar, nunca mais! O Brasil de "50 milhões" nos proporcionava tudo isto e muito mais. Quem, como eu, teve a oportunidade de ver jogar uma linha de atacantes com Claudio, Luizinho e Baltazar? Rui e Colombo não aceitam a miniatura de hoje. Tudo isto era alegria dos corintianos e desespero dos palmeirenses e são-paulinos. O Brasil de hoje com mais de duzentos milhões de habitantes, intitulado país do futebol, perdeu toda beleza, toda filigrana, toda maestria que nos dava ao luxo de exportar para os gringos. O futebol de hoje é pequeno, feio e revoltante. Se tivermos um terço de futebol, é muito. Os dois terços ficam para trançar bola na defesa e enfurecer a torcida. É um futebol medo e sem nenhuma ousadia ou atrativo. O atual Londrina nos arrasta e traz muita saudade da década de 70 onde tínhamos um Zé Roberto, um Leocádio ou um Garcia. A gente continua assistindo porque gosta de futebol e ama o LEC, mas que é feio e revoltante não deixa dúvida. A ousadia deu lugar para o medo e daí apareceu o futebol caranguejo jogado para trás. É inconcebível e revoltante principalmente num país pentacampeão.
WELLINGTON AMARAL SAMPAIO (administrador aposentado) – Londrina

Gentileza gera gentileza
"Gentileza gera gentileza", um ato que deveria ser normal entre os seres humanos, mas que a cada dia distancia-se de nós. Por outro lado, como a vida sempre nos mostra coisas novas. Tive uma surpresa extremamente agradável em Londrina, quando estava a passeio com minha família em um shopping. Ao ser perguntado por uma senhora que nunca vi e não a conheço, se aceitaria uma gentileza de pagar meu estacionamento, confesso que por um instante fiquei meio desconfiado da ação. Então, ela citou a frase "gentileza gera gentileza", o senhor conhece? Respondi, sim, e expliquei que vi num programa de TV, mas que jamais esperava que um dia poderia chegar até nós, pois isso não é normal em nosso dia a dia. Dadas as explicações, aceitei. Após o pagamento com o dinheiro recebido, dei continuidade à gentileza. Abordei um casal que entrava no estabelecimento, e fiz a mesma pergunta, explicando a continuidade do ato em si, e repassei o valor do estacionamento. Na realidade, não há economia no bolso das pessoas, e sim um novo começo que alguém teve a iniciativa de investir no relacionamento de pessoas, criando uma sensação de ganho e a satisfação de poder proporcionar esse prazer a outras pessoas. Um ato simples como esse, mexe com nosso comportamento de imediato, e nos leva a continuar a gentileza, repassando a outrem, em troca de um sorriso de um estranho. Parabéns a quem teve a coragem de iniciar esse ato que parece tão pequeno, mas de uma grandeza imensurável nos dias atuais.
YOCHIHARU OUTUKI (engenheiro agrônomo) - Itambaracá

Exemplo da Dinamarca
É outro país em que praticamente não há corrupção. Segundo uma moradora desse país, os dinamarqueses se orgulham de serem incorruptíveis. Além de leis preventivas eficientes, é uma consciência anticorrupção que eles vêm desenvolvendo há muito tempo por meio da educação. Hoje, eles conhecem bem os benefícios de terem essa mentalidade. Além das principais necessidades básicas (saúde, educação, política, justiça) funcionarem de maneira satisfatória e bem melhor que muitos outros países, o padrão de vida da população e a renda per capita têm níveis bem melhor que vários outros países. Quando o brasileiro vai aprender com esses países e deixar de eleger ladrões para cargos importantes? Não é possível que o eleitor queira que o Brasil se generalize na corrupção e se transforme em um estado do Rio de Janeiro onde tem professor pedindo esmola na fila do trânsito. E chegar à conclusão que esse modelo de "jeitinho brasileiro" não dá mais certo para o nosso país.
SWAMI VERONESI (músico) – Santo Antônio da Platina

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