Distorções em dose dupla
Desde meus tempos de grupo escolar, já aprendia que o País, com o montante de dinheiro que arrecada com a infinidade de impostos existentes, seria obrigado a cuidar de três itens chaves da administração federal: educação, saúde e transporte. Porém, com a mania de nomear políticos para cuidar de tais itens, constatamos erros e distorções a cada momento. Políticos não se enquadram com trabalho, seu mister é outro muito diferente. Não vamos entrar em outras considerações, mas qualquer órgão controlado por políticos geralmente está corrompido ou falido. Sem competência gerencial nunca uma empresa alcançará seus objetivos. Nomear políticos e afilhados é colocar "cabritos para vigiar hortas". Nos últimos tempos, temos convivido com incoerências em série. Os órgãos do governo que deveriam cuidar administrativamente estão sendo entregues para terceiros com custos elevadíssimos. Na educação, temos a criação e o incentivo aos cursinhos e escolas particulares para realizar aquilo que o País deixa de fazer. No transporte, é a mesma lenga-lenga: como o dinheiro está sendo desviado para a corrupção, só resta aos mandatários entregarem as estradas para as famigeradas concessionárias de pedágio. Essas concessionárias, além de serem beneficiadas com rodovias já construídas, cobram o pedágio mais caro do mundo com o aval do governo e o sacrifício do povo. E nossa saúde, como se encontra? Sucateada e pedindo socorro! Também neste setor o dinheiro sumiu e os caríssimos planos de saúde estão realizando aquilo que seria dever do governo. Estamos convivendo com distorções em dose dupla e incoerências alarmantes. Um final feliz só alcançaremos com profundas reformas em todos os setores e até mesmo na Constituição. Nosso bom Deus proteja e salve nosso Brasil.
WELLINGTON AMARAL SAMPAIO (administrador aposentado) – Londrina

Manifestações pró-Lula
Com a condenação da "viva alma mais honesta do País", o PT já está articulando manifestações por todo o Brasil. Como a quase totalidade dos manifestantes é de "trabalhadores autênticos e honestos", tanto que não faltam ao trabalho e não se vendem nem por um pão com mortadela, além de serem respeitosos e não cometerem atos de vandalismo, peço, encarecidamente, aos comandantes da Polícia Militar das capitais e grandes cidades onde ocorrerem esses protestos que dispensem "especial carinho e afeto", pois, repito, esses manifestantes são pessoas batalhadoras e dedicadas ao trabalho e, por isso, são merecedoras de um "tratamento todo especial".
LUIZ ALBERICO PIOTTO (servidor público) - Cambé

Imposto sindical
Com uma votação expressiva por 50 votos favoráveis, 26 contra e uma abstenção, foi aprovado em plenário do Senado o texto-base do PLC 38/27 sobre a Reforma Trabalhista proposta pelo governo Michel Temer. Com isso, ele vai tentando corrigir as enormes mazelas existentes ainda em vigor no Brasil prejudicial aos trabalhadores e só beneficiando os chupins sindicalistas e alguns dos seus partidos apoiadores acostumados a sobreviver com recursos tirados à força dos trabalhadores brasileiros. É o fim do nefasto imposto sindical que tanto vem preocupando os políticos, sindicalistas e partidos acostumados a ter seus recursos impostos por descontos obrigatórios mediante o imposto sindical, como vem sobrevivendo o Solidariedade, Psol, PCdoB, PT, etc. Com essa mudança, será o fim dessa exploração injusta aos trabalhadores e só benéfica aos inoperantes sindicalistas que não apresentam aos trabalhadores os benefícios correspondentes a essa fortuna anualmente jogada fora em prejuízo dos que produzem, os trabalhadores. É o fim justo e feliz do canceroso imposto sindical.
BENONE AUGUSTO DE PAIVA (contador)- São Paulo

Repúdio
Um policial militar foi morto por bandidos em Santa Margarida (MG) durante tentativa de assalto a um banco. As leis que permitem uma sociedade cada dia mais desumana permanecem. E agora? Quem será o próximo? Eu? Você? Um ente que você ama? Chega! Basta! O crime e a impunidade não podem compensar. A morte do policial, em pleno trabalho, pois ele "não pode dar o primeiro tiro", pois se o fizesse, provavelmente seria massacrado, preso e processado. Isto sim é uma covardia. O retrato fiel de uma grande parcela da sociedade que protege o bandido, que prefere o silêncio covarde, que aplaude o corrupto, que não luta pela educação, que despreza a cultura, a arte, os valores. A morte do policial representa também a vitória de tudo que há de errado neste país. Um país que privilegia o erro, que acoberta a safadeza, que enobrece o vagabundo. Sou totalmente contra a violência. Quem me conhece sabe disto. Mas não dá mais para conviver em uma sociedade em que prospera a impunidade, uma sociedade em que o crime compensa. Triste notícia que se soma a tantas outras desastrosas que desmerecessem aquela que deveria ser a nossa maior qualidade: ser gente!
WALBER GONÇALVES DE SOUZA (professor) - Caratinga (MG)

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