Comissão Processante
Parece até piada de mau gosto essa Comissão Processante que elegeram na Câmara de Vereadores de Londrina. Se não, vejamos: o eleito presidente foi alijado da vida pública pelo eleitorado que não o reconduziu ao cargo, ficando em terceiro lugar na lista e só retornou à vereança por obra do atual prefeito que, por um golpe espúrio, colocou o vereador eleito num cargo da prefeitura e o suplente imediato em outro abrindo vaga àquele que o eleitorado não elegeu. Foi uma mancada danada do prefeito para com os eleitores londrinenses. Ora, se os componentes dessa comissão têm desavenças com o pseudo acusado, se tivessem realmente isenção se declarariam impedidos. Por outro lado, também segundo notícias veiculadas na mídia, a denunciante é useira e vezeira em fazer tais delações. Não nos esqueçamos que político algum faz nada para o povo, só pensa nele e mente com uma dignidade tão fidalgueira que quem não os conhece jura que estão dizendo a verdade. Seria de bom alvitre, para coibirmos essas manobras por parte daqueles que deveriam respeitar a vontade do eleitorado, votar uma lei que proibisse quem fosse eleito para o Legislativo exercer funções no Executivo. Garanto que as maracutaias iriam acabar ligeirinho. Alguém já viu elemento do Executivo exercendo as funções legislativas? Então, vamos nos unir e proibir isso. Afinal, a vontade do povo tem e deve ser acatada e respeitada. Pensem nisso.
EDMILSON ASSIS DOS REIS (bancário aposentado) – Londrina

Teatro das alopradas
Sobre a ocupação da Mesa do Plenário do Senado protagonizada pelas senadoras Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), Fátima Bezerra (PT-RN), Gleisi Hoffmann (PT-PR), Regina Souza (PT-PI) e Lídice da Mata (PSB-BA) durante a votação da reforma trabalhista na última terça-feira (11), cabe, ao menos um mérito: se como políticas nada produzem de bom para o país (como a quase totalidade da classe), por outro lado foram brilhantes no papel de atrizes alopradas.
LUIZ ALBERICO PIOTTO (servidor público) – Cambé

Tantas leis, para quê?
A constituição norte-americana tem somente 7 artigos, quantidade de leis que são necessárias para o funcionamento adequado daquela sociedade. No Brasil, a última de 1988, tem 250 artigos e 80 emendas. Para que tantas leis se quem teria que fazê-las funcionar ou cumpri-las não faz? Apenas no caso do José Dirceu, em que o mesmo foi sentenciado a 32 anos de prisão, seria apenas cumprir a sentença e caso encerrado. Ele cumpriu em torno de dois anos e agora está solto. Isso é Brasil! Quem irá consertar esse país, se quem deveria fazer isso está desacertando cada vez mais?
SWAMI VERONESI (músico) – Santo Antônio da Platina

Faixas exclusivas de ônibus
Ainda a respeito da proposta de permitir o tráfego de motos nas faixas exclusivas de ônibus, gostaria que refletíssemos sobre algumas questões. Imaginem o conflito que seria gerado nas situações de carros fazendo conversões, pedestres descendo do ônibus e motociclistas tentando ultrapassá-los, sendo atingidos por carros à esquerda e atropelando pedestres à direita. É louvável toda e qualquer iniciativa que garanta um trânsito mais seguro e diminua os conflitos entre os diferentes modos de circulação, principalmente em se tratando da segurança dos motociclistas, o agente motorizado mais frágil do trânsito. No entanto, existem formas menos arriscadas e mais eficientes de se proteger os motociclistas. Sabemos que é nos cruzamentos e rotatórias onde se produz o maior índice de vítimas, então, é nesses pontos que devemos trabalhar. Um esforço nos pontos de conflito resultará em segurança adicional a todos os modos de transporte, não se atendo a um único e específico. O Ippul e CMTU são órgãos de grande capacidade técnica, aptos a fornecer pesquisas de projeção de uso e demanda. Não temos tempo nem vidas para investir numa ideia de tentativa e erro. Já existem estudos de engenharia de tráfego capazes de fornecer dados com simulação digital que deveriam ser consultados antes de qualquer manifesto de alteração do uso de vias baseada somente no achismo. Seria fundamental reativar o Conselho de Trânsito Municipal, que tem a importante função de dar esclarecimento aos vereadores, antes que sejam feitas propostas de leis mal embasadas.
DANAÊ FERNANDES (especialista em Planejamento de Tráfego) – Londrina

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