STF não é onipotente
A delação premiada feita pelos irmãos Batista (JBS) deve ser revista pelo Supremo Tribunal Federal, pois foi tratada de forma extremamente generosa, mais ainda quando se examina aquela da Odebrecht. Como explicar a essa gente que vai para o trabalho, luta diariamente e para aqueles que procuram emprego que aquelas pessoas que saquearam, anos a fio, o Estado, dilapidaram os bens públicos, estão soltos vivendo alegremente no exterior com suas famílias e desfrutando o dinheiro roubado? Os irmãos Batista pagaram uma quantia pequena, diante daquilo que sacaram no BNDES e do Tesouro Nacional. Enquanto isso, o brasileiro sofre as consequências da roubalheira impune. Por isso, é preciso rever e discutir os termos dessa delação premiada. Esse instituto (deleção premiada) precisa ser apoiado, porque através dele se descobriu as falcatruas e suas verdadeiras dimensões contra os cofres públicos. Entretanto, a impunidade dos infratores fere princípios e normas estabelecidas. O enriquecimento da JBS é uma das coisas mais espetaculares que aconteceu neste País e, o mais grave dito por eles mesmos, às custas do erário e movidos a propina. O Poder Judiciário e o Ministério Público devem uma explicação à sociedade, pois eles não são onipotentes. O suor e o trabalho dos brasileiros não podem ser negociados sem a concordância dos mesmos.
SERVIO BORGES DA SILVA (advogado) - Londrina

Barco à deriva
O Brasil hoje é um barco à deriva que perdeu o rumo em uma difícil e perigosa travessia. Os homens de Brasília são a tripulação que deveria unir forças para salvar o barco, mas parte dela está amotinada contra o comandante e a outra parte tentando defendê-lo. E quase todos agarrados a seus interesses pessoais políticos e corporativos, poucos estão preocupados com a segurança e o rumo da embarcação. Esquecem que se ela for à pique, eles vão junto e aí terão que enfrentar a justiça divina. Os demais brasileiros, passageiros desse barco, estão aflitos e indignados diante das atitudes daqueles que deveriam - pelo menos nesse momento - ter um pouco de patriotismo, dignidade, espírito de sacrifício por parte de todos, porque esse belo país não aguenta e nem merece tanto desaforo. O momento é de união, boa vontade e sacrifício. O Brasil merece.
SILVERIO DA SILVA (aposentado) - Londrina

Vergonha
Sexta-feira, 23 horas! Deixei meu carro no estacionamento do Terminal Rodoviário de Londrina e percebi desocupados e bêbados ao lado dos taxistas. Subi a rampa e um pedinte se aproximou. Depois, foi "mexer" com uma senhora. Olhei ao redor para ver se havia algum policial. Nada. De repente uma gritaria: um maltrapilho sai gritando atrás de um gambá que sai correndo assustando as pessoas. Fui perguntar em "Informações" se não havia policiamento. "Não tem nem PM, nem Guarda Municipal. Se acontecer alguma coisa, precisa chamar", responderam. "Como assim, chamar?", perguntei. "É meu filho, infelizmente." A pergunta é: vocês não têm vergonha, autoridades?
VICTOR GOUVÊA (publicitário) – Londrina

Um basta só não basta!
Parece que tudo está consumado. É impossível surgir mais escândalos de corrupção explícita para nos pagadores da conta. Ficou claro que corruptor algum deu dinheiro para político. O que ocorreu foi simplesmente aquilo que nossos intelectuais de plantão chamam de transferência de renda. Retirou-se dinheiro em bica corrida de nossa Petrobras e do bilionário BNDES para entregar limpinho aos nossos políticos em forma de propinas como paga "aos relevantes serviços prestados" ao nosso povo. Quem por certo pagará essa conta todos já sabem: os mais fracos, pobres e oprimidos. Dar um basta a todo o acontecido é muito pouco pelo tamanho de nossa indignação. Superlotar nossos presídios com essa gente é aumentar mais ainda o custo Brasil. Seguir o modelo chinês em levar aos paredões, hoje fora de nossos conceitos morais, ficaria para um futuro e, se nada for aplicado agora, pelo menos exigir a devolução do dinheiro roubado. Fica claro também o quanto de escárnio praticado pela quadrilha do PMDB contribuiu para chegar onde chegou. Quando Temer se aninha debaixo das asas do faminto PT pelo poder e faz a negociata dos treze anos de poder. Estava assim feita a negociata dos horários de propaganda eleitoral em troca da vice-presidência deste que o PT tanto odeia. Nada mais justo é assistir os suspiros terminais do então agora caudatário do espólio da quadrilha petista com boa parte atrás das grades e um restante fugindo como ratos fogem de navios à deriva. Nada mais correto e justo seria toda que essa pá de nossos algozes carregassem o caixão de todas as sacanagens praticadas contra a nação.
WALTER COSTA BARROSO (cirurgião-dentista) - Londrina

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