Se eu fosse brasileiro...
Votaria consciente! Saberia que o regime democrático de direito é refratário a reeleições. Não reelegeria nunca qualquer candidato político por melhor gestão pública concluída com sucesso. Não me deixaria influenciar pelo Jornal Nacional, pela revista Época, pela Veja, pelo Arnaldo Jabor, pelo Ricardo Boechat, pelo Alexandre Garcia, pelo Reinaldo Azevedo, pelo Datena. Trocaria as novelas da TV Globo por romances de Jorge Amado (Jubiabá, Tenda dos Milagres, Tereza Batista cansada de guerra). Estudaria a Constituição Federal para entender os princípios da independência e da harmonia entre os poderes da República antes de criticar a liberdade cognitiva dos supremos ministros do STF. Deixaria de conhecer a cidade de Orlando (EUA), capital mundial dos parques temáticos, para conhecer a Serra da Canastra (MG), nascente do Rio São Francisco. Trocaria Miami (EUA), o paraíso das compras e dos outlets, pelo parque nacional de Jericoacoara (CE), onde há uma das dez praias mais lindas do mundo. Trocaria os shows de Anita e de Wesley Safadão pela força dos tambores do Olodum no pelourinho em Salvador (BA), a máquina do samba-reggae. Não conceberia o mundo de forma maniqueísta (polarizando as ideologias de direita e de esquerda, diferenciando-as entre o bem e o mal). Ouviria, às 6h, todos os dias, uma ária de Giacomo Puccini. Não acreditaria nas promessas dos cursos de graduação nem em carreiras do mercado de iniciativa privada. Saberia que o empresário de sucesso sempre vence, seja por cima (de forma legal) ou por baixo (de forma ilegal ou espúria). Saberia que a melhor saída para o Brasil, nessa altura dos acontecimentos, é o aeroporto internacional de Guarulhos (SP), com destino a Lausanne (Suíça), onde estudaria em uma das melhores escolas de turismo do mundo. Afinal, dessa vida, que é efêmera, só levamos aquilo que amamos, aquilo que comemos, aquilo que bebemos, aquilo que vimos e que conhecemos!
RICARDO LAFFRANCHI (advogado) - Londrina

Cassação de Temer
É contraproducente a cassação do presidente Michel Temer nessa fase das reformas tão necessárias para o aperfeiçoamento do País. É como retirar um médico cirurgião da sala de cirurgia no meio da operação. Essas reformas estão sendo pesquisadas e são aplicadas em países civilizados, onde podemos fazer uma análise profunda no êxito ou não das mesmas. A verdade é que as pessoas, principalmente no Brasil, são acomodadas e têm receio de novidades e não analisam as reformas com realismo e otimismo. Toda mudança gera um desconforto. Cassá-lo é um retrocesso!
MARILENE RABELO SORIANI (professora) – Sertanópolis

Aécio no Aurélio
Pelos termos usados nas gravações, serei sucinto: Aécio Neves Beira-Mar, com as minhas desculpas ao traficante condenado.
LUIZ ALBERICO PIOTTO (servidor público) - Cambé

Democracia
Nós, brasileiros, temos o privilégio de vivermos num país livre, democrático, onde prevalece a soberania popular. Questionar qualquer tipo de manifestação quando não há exagero, quebra-quebra, destruição é no mínimo radicalismo. Sabemos que os sindicatos oprimem os trabalhadores na cobrança das contribuições, além de transformá-los em massa de manobra. Porém, referir-se como "vagabundos" pode não ser um xingamento, é apenas uma afirmação como "sem importância". Afinal, qual é a diferença em manifestar-se, contra ou a favor? Impedir o trabalhador, estudantes, idosos, professores, locomoverem-se num dia útil, tirando o transporte coletivo, impedindo-os o direito de ir e vir. Isso é democracia?
MOISÉS DOS SANTOS (entregador de gás) – Londrina

Fundo para reforma
Sobre a reportagem "Câmara quer prorrogar prazo de fundo para reforma" (Política, 23/05), passaram-se vários anos e se juntou R$ 13,7 milhões e ninguém nem sequer pensou no projeto de reforma e ampliação da Câmara. Fica evidente e estampado que a situação atual está atendendo às necessidades. Creio que se deve fazer uma manutenção rigorosa nas instalações, no mobiliário e nos equipamentos de forma rotineira. Com relação à ampliação, acredito estar na contramão de nossa realidade. É igual aumentar o número de armários em casa: vai-se acumular coisas velhas e desnecessárias. Nosso país não está aguentando mais o seu custo político, a ordem do dia é racionalizar e diminuir custos. Vamos sentar e discutir a redução de assessores ou o compartilhamento deles para reduzir os custos por gabinete. A tecnologia disponível atualmente possibilita essas mudanças. Ampliar fisicamente a Câmara eleva os custos com manutenção e, para aumentar a eficácia, cortam-se esses mesmos custos.
PAULO MAURICIO ACQUAROLE (aposentado) - Londrina

■ As car­tas de­vem ter no má­xi­mo 700 ca­rac­te­res e vir acom­pa­nha­das de no­me com­ple­to, RG, en­de­re­ço, ci­da­de, te­le­fo­ne e pro­fis­são ou ocu­pa­ção. As opi­niões po­de­rão ser re­su­mi­das pe­lo jornal. E-­mail: opi­niao@fo­lha­de­lon­dri­na.com.br