Aqui se faz, aqui se paga
Em tempos de eleição, analisamos a vida pregressa dos candidatos e os colocamos numa verdadeira peneira, de vereadores a presidente da República, passando por deputados e senadores. Terminada a busca, o cidadão vai à urna eletrônica e ali deposita seu voto e suas esperanças, com a certeza que fez sua parte na construção de um país mais justo. Porém, rapidamente a realidade se revela nas páginas policiais. A maioria esmagadora dos políticos negocia indicações, cargos, verbas e até impeachment. O balcão de negócios funciona 24 horas por dia, todos os dias. Aquele voto consciente e esperançoso sucumbe diante das maracutaias das nossas autoridades. Negligenciam a segurança, a saúde e a educação de um país inteiro em troca de uns trocados em algum paraíso fiscal. Nem o dinheiro da corrupção é investido na nossa terra. Esses bandidos preferem uma offshore a juros simbólicos ao invés de investir aqui, gerando, ao menos, alguns empregos. Diante disso, gostaria de propor um exercício: levando em consideração a lei do "aqui se faz, aqui se paga", imaginemos o karma que esses malfeitores terão de carregar até o fim de suas vidas por terem prejudicado e causado tristeza e descrença na vida de tantos brasileiros. Sem dúvida, o fardo será imenso e, certamente, o capeta terá uma área reservada para receber tantos traidores da política nacional.
ROBERTO TEIXEIRA (empresário) – Londrina

Nossa imagem lá fora
Em recente viagem ao exterior pude constatar o quanto a imagem do Brasil está deteriorada aos olhos do mundo. Brasileiros que lá residem estão assustados e envergonhados com a dramática situação do País. É grande a preocupação dos nossos conterrâneos com a economia arruinada e o desemprego em massa. Soubemos que investidores estrangeiros já começam a encerrar seus negócios por aqui, preocupados com a instabilidade política. Na opinião dos europeus, a credibilidade do Brasil foi para o fundo do poço e está sendo comparada à das piores ditaduras africanas em função da corrupção desenfreada. Esse é um triste legado das governanças dos últimos 32 anos da nossa redemocratização. Tudo começou com a reconstrução de uma classe política até então reprimida pelos militares. No afã de compensar as restrições impostas pelos governos dos generais, guinaram para o outro extremo, votando uma Constituição excessivamente permissiva, principalmente com relação aos direitos e prerrogativas dos políticos (foro privilegiado abrangente, livre proliferação de partidos políticos, etc). Isso, aliado a uma legislação penal frouxa, transformou o País num paraíso da impunidade, culminando nessa desordem generalizada que nos envergonha. Já no primeiro mandato, o de Sarney, a corrupção se fez presente, Collor a intensificou e FHC comprou a sua própria reeleição. Todavia, a era petista com Lula, Dilma e seus partidos aliados atingiram o ápice da roubalheira. São 15 anos de intenso ataque aos cofres públicos. O Brasil está na lona. Com tudo isso, ainda temos o despropósito de assistir uma expressiva parcela da população, que permanece na caverna da ignorância, insistindo em querer devolver a Presidência da República ao chefe da quadrilha. É demais!
LUDINEI PICELLI (administrador de empresas) – Londrina

Indignação
O que mais me deixa indignado é saber que alguns políticos que já foram condenados por crimes contra o patrimônio público não tiveram seus direitos cassados. E o pior, conseguiram se eleger para cargos importantes como senadores, deputados e corremos o risco até na Presidência da República. Será que o que está acontecendo é culpa só dos políticos?
SILVERIO DA SILVA (aposentado) – Londrina

O que é adoção para mim?
Um ato de amor para com a criança? Não. Quando adotamos recebemos muito mais afeto do que doamos e nos tornamos pessoas melhores, com certeza. Filho não cresce necessariamente na barriga é muito mais no coração. Todos os dias quando você olha para o teu filho e vê nos olhos dele toda importância que você tem na vida dele. E uma forma de ajudar acabar com o preconceito, que quase sempre vem de forma velada, seria se todos vissem esse formato de família como normal. Meu filho foi adotado. Não é adotado, é meu filho e acabou! E assim é que foi e deve ser hoje. É um outro momento das nossas vidas. Temos um lindo filho com 15 anos e não conseguimos imaginar como seria nossa vida sem ele. Costumo dizer que somos uma família do coração, pois vivemos histórias quase iguais.
NEIVA DA SILVA (assessora administrativa) - Santa Maria do Oeste

Sanepar
Estourou um cano de água da Sanepar, antes do relógio da casa. Comunicada, a Sanepar imediatamente veio com uma equipe, fez o buraco, consertou o cano, isolou a área e foi embora. No outro dia, outra equipe veio, fechou o buraco e foi embora. No quarto dia, veio a terceira equipe para remendar a calçada. É cômico? Não é por isso que a taxa de água está cara?
SIDNEY GIROTTO (médico) – Londrina

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