Punição de culpados
Está ficando claro o posicionamento da sociedade do bem: tolerância zero para a corrupção. Como no Brasil a coisa pré-julgada vem antes dos inquéritos e investigações de culpabilidade, estamos vislumbrando o linchamento de cidadãos, sejam eles da classe política ou não. Um erro gravíssimo, pois execrar o provável culpado antes dos tramites legais seria praticar a justiça com as próprias mãos. Em qualquer país civilizado, quando o malfeitor é denunciado, a Justiça já tem todos os requisitos legais necessários para o bom andamento do processo. Aqui, ocorre o contrário, a preliminar é crime, com o apoio irrestrito da mídia. Sabedores que somos, pela Carta magna, a aplicação rigorosa da justiça e da lei não pode recuar jamais ao poderio do império do mal, porém, por outro lado, estamos vendo a JBS (Joesley e Wesley) com um acordo de delação exageradamente franquiado com um pagamento irrisório, liberdade exagerada, praticamente sem punição, a alguém que tinha trânsito livre em todas as alçadas do governo, comprando tudo e todos com seu propinoduto de interesse. É uma pena o comportamento da Procuradoria Geral da República no caso. Tomara que o Supremo, através do ministro Fachin, que já deu sinal verde, reconsidere sua posição. São dois malfeitores de lados opostos, por que punir somente um? E por que a mídia não esclarece o outro lado do amigo de Joesley, Lula? Acho que o peso da corrupção de Lula nesta delação tende a ser maior que dos próprios denunciados. Todos devem serem punidos exemplarmente para o bem do Brasil.
YOCHIHARU OUTUKI (engenheiro agrônomo) – Itambaracá

Filho da zona rural
Neste cantinho, li com bastante atenção o carta de Edmilson José Zaboti (Opinião, 18/05)e estou inteiramente de acordo com ele. Se os mandatários, a começar pelo presidente da Republica, soubessem o que significa viver numa fazenda, por certo seríamos bem mais assistidos. Viver numa fazenda é ficar sujeito a enfrentar as intempéries climáticas e pragas de todos os tipos e tamanhos. É difícil e trabalhoso, mas o viver é gostoso. Não é fácil viver num lugar que até para fazer necessidade fisiológica tem que se deslocar para uma privada improvisada no fundo do quintal. Os guris da cidade não sabem o que é tomar banho numa bacia. Fui criado em fazenda, enfrentei todas as dificuldades, mas também tenho a felicidade de ser filho da zona rural. Gostaria de enfatizar que a zona rural representa "um tudo" na economia de uma nação. Todavia, os comandantes desconhecem este pormenor. Se uma cidade sofre uma catástrofe, a zona rural se incumbe de reerguê-la, mas se acontecer o mesmo com a zona rural, a cidade não tem a mesma estrutura para levantá-la. A zona rural é o sustentáculo de um país e merece ser visto como tal. Parabéns Edmilson.
WELLINGTON AMARAL SAMPAIO (administrador aposentado) – Londrina

Em quem confiar?
Estamos diante de um estrondoso bombardeio de escândalo no cenário político. Cada dia nos deparamos com revelações estarrecedoras, causando as mais diversas interrogações possíveis. Os meios de comunicação de noticiários são preenchidos com opiniões de diversos seguimentos. Ouvimos analistas, economistas, formadores de opiniões e diversos opinionistas. Há aqueles que se dizem ser intriga da oposição e outros querem confirmar que são revelações aguardadas. No entanto, nós, cidadãos comuns, ficamos entre um e outro, somente pagando por aqueles que dizem estar presos, onde o cidadão vê seu sustento quase se escoando totalmente pelo dedilhar do caixa do comércio, suas dívidas obrigatórias cada vez mais elevadas. Estamos em pino agudo soprado pelo vento, onde fixar, não se sabe se ocupa-se o ouvido direito ou esquerdo. Agora, aonde ir? A quem recorrer? Ou em quem confiar?
ALGIMIRO SANT’ANA (estudante de enfermagem) – Londrina

Chave do cofre público
Se as chaves da Casa da Moeda e dos cofres do Banco Central ficassem com Lula, Dilma, Aécio, Michel Temer, Renan Calheiros, Collor de Melo, Sarney, Eduardo Cunha, José Dirceu e tantos outros da mesma estirpe, eles teriam o trabalho bastante facilitado, pois, dessa forma, poderiam roubar diretamente na fonte. Tenho a mais absoluta certeza de que num curtíssimo prazo tempo iria faltar papel-moeda para atender a demanda.
LUIZ ALBERICO PIOTTO (servidor público) - Cambé

Correção
Na matéria "Câmara quer prorrogar prazo de fundo para reforma" (Política, 23/05), o nome correto do presidente da Câmara de Vereadores de Londrina é Mário Takahashi (PV).

■ As car­tas de­vem ter no má­xi­mo 700 ca­rac­te­res e vir acom­pa­nha­das de no­me com­ple­to, RG, en­de­re­ço, ci­da­de, te­le­fo­ne e pro­fis­são ou ocu­pa­ção. As opi­niões po­de­rão ser re­su­mi­das pe­lo jornal. E-­mail: opi­niao@fo­lha­de­lon­dri­na.com.br