Cleptocracia brasileira
Cleptocracia - é um termo que designa um estado governado por ladrões. No Brasil, percebe-se uma cleptocracia nítida e enraizada em todos os escalões e partidos políticos que nos governam. A política em nosso país infelizmente se tornou um verdadeiro jogo de xadrez, onde estão presentes alguns tipos de peças com funções e habilidades variadas. Nota-se que, conforme o andamento do jogo, os competidores vão desenvolvendo estratégias e utilizando as peças para proteger algumas suas e atacar outras do adversário. Não é difícil notar esse jogo intenso no Senado, Câmara dos Deputados e Palácio do Planalto. Em 2018, o jogo ficará ainda mais forte, pois é a hora de centenas buscarem a reeleição e outros milhares com uma "vontade imensa de trabalhar pelo povo" buscarem uma vaga dentro dessas "respeitosas" instituições da democracia. Finalizo com a frase do diplomata italiano Nicolau Maquiavel: "Em política, os aliados de hoje são os inimigos de amanhã".
DOUGLAS H. REGINATO (assistente administrativo-financeiro) - Andirá

‘The end’
O último bastião da moralidade, segundo minha crença, caiu. Vejo estarrecido manchetes nos principais jornais do país que o presidente Michel Temer participava de conluios e falcatruas junto a outros elementos. O homem que alguns ainda acreditavam que pudesse pôr o país nos eixos sucumbiu. Nadas mais nos resta senão fazermos uma grande reforma política e diminuir drasticamente o número de parlamentares eleitos. O presidente da República precisaria ter formação acadêmica e não ser só bom de palanque. Os deputados não receberiam do erário público nenhuma verba acessória que não fosse seu acertado salário. Fim do cartão corporativo e foro privilegiado. Façamos uma reforma ampla, geral e irrestrita. Tudo isso com paz e tranquilidade sem o uso de força física, só a demonstração de vontade popular. A hora é agora. Ou façamos já ou nos calemos para todo o sempre, aceitando o descalabro com resignação.
EDSON MEDARDO SCARCHETTI (bacharel em Teologia) - Figueiró dos Vinhos (Portugal)

O Brasil tem o câncer da corrupção
Os milhões recuperados pela metade da Lava Jato deveriam ser todos investidos em aparelhos de mamografia, radioterapia, quimioterapia nos hospitais de câncer jogados à própria sorte, pois se voltarem para a Petrobras será mais uma tentação para algum otário que se julga mais esperto que os que já foram pegos. O dinheiro aplicado no combate ao câncer, além de ser uma atitude louvável, seria uma forma de se combater o câncer que mata individualmente com o dinheiro do câncer que mata coletivamente: o câncer da corrupção, símbolo do Brasil.
MANOEL JOSÉ RODRIGUES (assistente administrativo) - Alvorada do Sul

A culpa é dos aposentados
Conforme explanações do governo sobre o deficit da Previdência Social (R$ 149,7 bilhões), se não for aprovada a PEC 287/16 os futuros aposentados não terão o que receber. Alterações vêm sendo feitas ao longo dos anos de existência do INSS, como vimos no governo anterior com a lei 13.183/15 sobre a fórmula 85/95. Muitos dos brasileiros já contribuíram com o teto de 20 salários mínimos, porém quando da aposentadoria recebiam menos que 10 mínimos. Em que pese o aumento do salário mínimo ter sido corrigido sempre acima da inflação do período, vemos que o atual teto do INSS é de 5,9 salários. Todavia, nas atualizações de seus últimos 140 salários nunca atingiram o teto, principalmente quem ganhava acima do salário mínimo. Entretanto, o governo insiste em proclamar que se não for aprovada esta tal PEC a Previdência estará falida em pouco tempo, porém não culpa a administração inconsequente desses gestores indicados por "QI" que não conseguiram fiscalizar essas arrecadações, senão vejamos: temos hoje 175 mil de devedores da Previdência (nenhum aposentado) somando um total de R$ 426,7 bi das mais variadas categorias de contribuintes (empresas de aviação, clubes de futebol, frigoríficos, companhias de saneamento, prefeitura, governos estaduais, etc.), como divulgou o ministro da Previdência. Ainda assim o governo quer despencar esta falta de controle sobre os aposentados que sempre foram taxados em suas folhas de pagamento, portanto, não sendo os culpados pelas atitudes de seus empregadores. Assim como as instituições financeiras que cobram juros exorbitantes devido à inadimplência de muitos de seus pseudos clientes, o governo quer fazer a mesma coisa com os coitados dos aposentados que também não foram os beneficiados com mensalão, Petrolão e outros ãos de incompetência e corrupção de nossos governantes.
FLAVIO LUIZ ZAPPAROLI (servidor público) – Londrina

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