Sede de mudança
Qual a reação de um adolescente ao ver estampadas nos jornais falcatruas políticas descaradas, sucessivas e inconsequentes? A falta de integridade e seriedade históricas na administração pública nos desestimula a atuar nesse meio, que acaba tachado como palco de roubalheira e "jogo sujo". Assim, talentos políticos mantêm-se adormecidos em jovens que se sentem pequenos demais para despertar um país inteiro e libertá-lo das amarras de um patrimonialismo arcaico. Que toda essa sujeira retirada debaixo dos panos sirva para limpar de vez a reputação da política brasileira e estimular os talentos de milhares de jovens que, assim como eu, sentem calar sua sede de mudança pela história que insiste em se repetir.
LAURA DIEHL BARBOSA (estudante) - Londrina

Não poderia ser diferente
O senador Roberto Requião citou a revolução francesa para justificar a aprovação da lei de abuso de autoridade. Evidentemente, tem-se que limitar os poderes dos poderes, seja ele qual for. Porém, as circunstâncias que o levaram a tal atitude nem lícita é, por tratar-se de um ato de defesa de uma corja de ladrões e também por agir como "pau mandado" do facínora Renan Calheiros. Requião deveria lembrar-se de quando usou o caso Ferreirinha para derrotar o então candidato José Carlos Martinez. Ato que num país sério o teria colocado na cadeia, quando demonstrou toda sua verve asquerosa pela busca do poder e que o coloca em igualdade com o parceiro Renan. Usar a revolução francesa, feita por patriotas cuja honra serve de exemplo ao mundo, aliado à corja que comanda o Senado, é no mínimo um desacato descomunal ao cidadão honrado deste país. Embora com redobrada desconfiança, torço para que o eleitorado paranaense expurgue este traidor da vida pública e que o juiz Sérgio Moro não deixe pedra sobre pedra na corrupta Brasília!
RUBENS ROMAGNOLLI (engenheiro civil) – Londrina

Lava Jato e trânsito de procuradores
A subprocuradora Raquel Dodge apresentou ao Conselho Superior do Ministério Público proposta para restringir o trânsito de procuradores no Ministério Público Federal. Atualmente, não há limites para realocar um procurador de uma unidade para uma equipe exclusiva de investigação, como a Lava Jato. A mudança deve ser aprovada, mas a regra passará a valer em 2018 e não afetará os grupos já formados. Após janeiro, a formação de grupos investigativos estará limitada pela nova regra. Procuradores e subprocuradores são funcionários públicos. Devem agir de acordo com a vontade popular e não de acordo com suas conveniências. Quem não deseja realocações deve evitar ser funcionário público. Raquel Dodge deseja substituir Janot, quem age como ela pode ser procurador geral da República? Quem foram os conselheiros que votaram a favor da medida?
ILDO YUKIO MARUBAYASHI (agricultor) – Londrina

Vacina da gripe
Gostaria de saber em quais parâmetros o Ministério da Saúde se baseia para vacinar a população contra a gripe gratuitamente. Isso porque pessoas na minha idade nunca estão entre os beneficiados. Pelo que vi na mídia, crianças até 5 anos, idosos acima de 60 anos, agora os professores, profissionais da saúde (concordo plenamente), e os demais? Será que o vírus da gripe escolhe quem quer contaminar? Isso me deixa com uma dúvida: pego coletivo abarrotado, inclusive muitos bem mal educados tossindo e espirrando na minha cara, e ali eu não posso pegar uma gripe? Que ridículo!
MARIA REGINA MINTO REYES (assistente administrativo) - Londrina

Vergonha em escassez
A edição de 11/04 da Folha nos brindou com a excelente notícia da criação de mais uma montanha de partidos políticos. Parece que a vergonha que já estava se arrastando a caminho da intolerância, chegou ao máximo desta vez. É uma ousadia sem precedentes que nós, brasileiros, não podemos aceitar e nem pensar. O número demasiado grande de partidos já existente, é uma afronta e um entrave para o desenvolvimento do país. São verdadeiras arapucas à caça dos menos escolados. Necessitamos sim acabar com estes cabides de emprego, estes trampolins para as boquinhas do governo. No tempo do PSD-UDN e PTB a coisa caminhava normalmente e os brasileiros participavam ativamente. Os mandatários eram escolhidos com muito mais critério e em clima de festa. Para coibir esta orgia, pedimos a atenção dos "Caras pintadas", a atenção do Brasil. Não podemos aceitar esta esdrúxula pretensão. A vergonha ainda tem que prevalecer.
WELLINGTON AMARAL SAMPAIO (administrador aposentado) - Londrina

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