Bebida nos estádios
O projeto que tramita na AL para liberar venda de cerveja nos estádios de futebol em dias de jogos é sem dúvida uma proposta tendenciosa. Todos nós estamos cansados de assistir a grandes confusões nos dias de partidas entre torcedores de times rivais mesmo com a proibição de bebidas dentro das arenas. Ao invés de criar leis para impedir que as torcidas organizadas duelem dentro dos estádios, fazem projetos para liberar bebida, que é sem dúvida o combustível principal dos brigões. Ora, senhor deputado Luiz Claudio Romanelli, autor desse projeto, e os outros que já assinaram esse pote da maldade, nos façam um favor: pensem no povo que não gosta de beber, que é sem dúvida a maioria, não façam venda da dignidade do povo de bem, respeitem os votos que vocês receberam de seus eleitores e façam projetos para ajudar a melhorar o nível cultural do nosso estado. Essa lei, se aprovada, não vai ajudar as famílias e nem o esporte, mas sim vai atrapalhar e impedir que as famílias vão aos estádios assistir aos jogos. Pensem bem antes de aprovar um projeto que só seria bom para poucos e façam alguma coisa que fique na mente do povo como coisa boa, e não coisas desnecessárias e negativas. Pois cada briga que vier a acontecer por bebedeira vai depor contra vossas excelências, a menos que os senhores não se importem com as famílias paranaenses.
SEBASTIÃO CALMEZINI (comerciante) - Londrina

Flanelinhas
Atenção, CMTU, Guarda Municipal e Polícia Militar: os flanelinhas invadiram as imediações do Hospital do Câncer. Aquele local não é uma boate, um cassino ou um clube social, aonde as pessoas vão para se divertir, e sim um local de muita tristeza e dor. Eles se acham donos das vagas de estacionamento e ficam extorquindo dinheiro dos visitantes. Quem vai até lá, é por necessidade, para levar pessoas para uma consulta ou exame ou uma visita para parentes ou amigos que estão internados. Então, muitos ficam coagidos com a ação destes espertos e dão algum dinheiro. Pelo menos daquele lugar as autoridades de Londrina deveriam expulsar este pessoal. Os agentes da CMTU que ficam atrás das árvores multando os motoristas nas avenidas e fiscalizando os vendedores ambulantes no Calçadão, que ganham seu dinheiro trabalhando, deveriam também ficar atrás das árvores nas imediações do hospital para surpreender e expulsar os flanelinhas dali.
ANTONIO JOSÉ RODRIGUES (aposentado) - Londrina

Reformas
As reformas pretendidas pelo presidente Michel Temer, nas legislações previdenciária e trabalhista, mais estão parecendo um ato covarde, que mira os mais frágeis da sociedade e exclui privilegiados. Pois bem: quem está sendo poupado nas pretendidas reformas? E por quê? No ensinamento de um ilustre, foi dito que era impossível distribuir todas as riquezas do mundo de forma igual para todos, pois em pouco tempo elas iriam novamente parar nas mãos de alguns poucos. Certo, somos daqueles que pregam "todo o mérito a quem tem competência". Mas, a partir do momento que essa competência é atribuída à base de conchavos políticos, do toma lá dá cá, de privilégios de corporativismos, de lobbies, aí não há mais como falar em competência. Aprecio muito a frase "leão com fome saciada é leão manso"; ou seja, aos amigos do rei, tudo, pois ele precisa continuar o seu reinado. Mas a questão é: reinar, ou governar, não seria antes de tudo cuidar dos interesses da maior parte de seus governados? Não é essa a pedra angular de toda boa e séria administração? Então, por que não o fazem? Então, senhor presidente, apesar de todas as escabrosas desculpas das classes privilegiadas, que "mamam" acintosamente nas tetas que não são do governo, mas dos trabalhadores que arcam com seus pomposos salários, aposentadorias e benefícios mil, nos surpreenda, faça sim, suas reformas, mas de forma justa e equânime para todos, sem os cínicos e hipócritas tapinhas nas costas. "Isso é utopia" – parece que estou ouvindo o senhor dizer. Pois eu digo, aqui de baixo, que a grandeza consiste também em tentar, e a covardia em nem isso fazer.
JOSÉ ROBERTO BRUNASSI (advogado) – Londrina

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