Lava Jato
Ao longo dos últimos três anos, desencadeou-se no País a maior operação já vista para combate à corrupção e aos políticos mafiosos na história da humanidade. A população brasileira assiste atônita a tudo isso, torcendo para que realmente nada acabe em pizza. Mas, diante da iminência da Operação Lava Jato obter sucesso, com a consequente prisão dos marginais que dilapidaram o País, aparecem novos escândalos, que fazem os que já foram investigados se tornarem pequenos. Em minha opinião, tudo isso que está sendo divulgado e exposto na mídia não passa de jogada política: Operação Carne Fraca, reforma da Previdência, liberação das contas inativas do FGTS, discussões sobre direitos do trabalhador são apenas alguns dos subterfúgios escolhidos por eles para enganar a população. Ora, essa reforma da Previdência afetará somente a classe operária do País, pois é ela que mantém os gordos salários desses mafiosos. Por que não começar tal reforma nos três poderes em Brasília? Hoje, podemos simplificar dessa maneira: no governo brasileiro, já não existem mais representantes do povo. Existem grupos que brigam entre si pelo poder, sangram a nação para alcançar seus objetivos.
MIGUEL POLSKIKH FILHO (eletrotécnico) - Londrina

Manifestações
É interessante ver nas redes sociais manifestações de pessoas contra tudo que há de errado nos poderes brasileiros. Empolga o tom de civismo e o grito geral contra a corrupção arraigada na política nacional. São igualmente empolgantes as manifestações contra o PT, Lula, Renan e outros corruptos, com os mais exaltados xingamentos e apupos em geral... Mas nas ruas, no último dia 26, poucos destes "patriotas" se dispuseram ao manifesto de apoio e de protesto ocorrido em nossa cidade. A imensa maioria não trocou a cerveja e o churrasco por uns minutos de civismo e de amor à pátria. Muitos criticam os esquerdistas pelas manifestações à base de mortadela nos dias de semana, mas não se dispõem a perder um tempinho pelo futuro das gerações vindouras. Também eu teria a coragem de falar o diabo para o Mike Tyson na mais alta voz e depois lhe tocar o telefone na cara. Que fique bem entendido: ele nos EUA e eu aqui, falando o português deste brasilzinho!
RUBENS ROMAGNOLLI (engenheiro civil) - Londrina

Previdência
Li atentamente a carta da professora Luiza Leonor C. Silva (Opinião do Leitor, 28/3), gostei e quis colocar em prática a sugestão divertida que ela deu de elevar os muros, multiplicar as guaritas, blindar o carro e contratar segurança. Só que, ao fazer as contas de tudo isso, percebi que a minha aposentadoria também está no subsolo. Assim, pensei melhor e concluí que o melhor é conseguir uma bandeira vermelha, outra verde e amarela e sair atrás de alguma passeata contra qualquer coisa. Quem sabe acaba sobrando um sanduba de mortadela ou uma coxinha para ir aliviando o que vem pela frente, que com certeza não será uma macro aposentadoria ou aposentadoria-anos-luz nesta terra de desmandos.
RENATO NAVARRO (aposentado) - Londrina

Pedágio
A renovação dos contratos de pedágio no Paraná será como eles querem, afinal, a opinião do povo nada importa; o povo é como elefante, não sabe a força que tem e gosta de sofrer, de pagar caro. A maior prova disto é os políticos que não se manifestam, que se perpetuam no poder e que neste momento, ao contrário do elefante, sabem a força que têm, pois sabem que tudo continuará igual, com o preço dos pedágios nas alturas, em detrimento de toda a cadeia produtiva de um estado rico, celeiro do Brasil. O povo do Paraná é mesmo uma piada.
MANOEL JOSÉ RODRIGUES (assistente administrativo) - Alvorada do Sul

Adriana Ancelmo
A decisão do juiz Marcelo Bretas de conceder prisão domiciliar para a esposa do ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral, Adriana Ancelmo, é uma demonstração de que em nosso país existe a lei para os humildes e a lei para os poderosos. A decisão da alteração da medida cautelar para Adriana foi tomada porque o juiz entendeu que os filhos menores do casal, de dez e 14 anos, não podem ser privados simultaneamente do convívio com os pais, que estão presos por suspeita de serem corruptos. Senhor juiz, os filhos desse casal não são os primeiros a ficarem com os pais na prisão. Existem milhares de situações semelhantes em nosso país, entretanto, os filhos desses corruptos têm toda uma estrutura familiar e uma condição financeira que podem amenizar essa separação. Em contrapartida, outros milhares de filhos pobres têm os pais na cadeia, ou têm o pai ou a mãe porque um deles já é falecido, e não têm uma estrutura familiar capaz de substituir parcialmente a falta dos pais e nem a mínima condição financeira até mesmo para sua sobrevivência.
ADONIRO PRIETO MATHIAS (administrador de empresas e contabilista) – Londrina

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