Pedágio
Todo mundo quer renovar o pedágio. No preço atual, é uma boa para as concessionárias, porém, para nós, usuários, seria muito ruim. Ele altera e muito o preço dos produtos; quanto às commodities, nem precisa mencionar. De acordo com os bispos, o preço está elevado, ainda que o preço praticado na Rodovia Castelo Branco seja uma irrealidade. Sugestão prática para as concessionárias de pedágio: tomem como base as rodovias de Santa Catarina.
NIVALDO CREMONEZI (empresário) - Cambé

Reforma da Previdência
O mínimo pode não ser o mínimo para aposentadoria! E eu que pensava que, nos tempos atuais, mínimo fosse o limite inferior. Mas, pensando bem, a ciência da atualidade conseguiu inventar o micro, o nano... medidas infinitamente pequenas. Temos à disposição a nanotecnologia, fazendo maravilhas com os microchips. Portanto, não devo estranhar a micro aposentadoria, ou, mais sofisticada, a nano aposentadoria. Mas será que não inventaram uma nano cesta básica? Posso chamar essa montanha de brasileiros de nano aposentados? Meu Deus, quantos desdobramentos para essa ideia de economistas tão criativos! Ih! Tudo tem dois lados! A ciência criou também as macro medidas! O ano-luz é uma medida de distância fantástica! Essa medida não vai mudar na reforma da Previdência. Não é uma parte importante de brasileiros que tem direito a macro aposentadoria, são somente os brasileiros importantes – aqueles que recebem salários acima do salário do presidente e dos magistrados mais graduados. Eu poderia dizer que esses brasileiros nobres recebem aposentadorias-anos-luz? Penso que é um uso interessante das ciências físicas aplicadas às ciências econômicas. Nesse caso, se uns têm aposentadoria acima do teto, os outros, aqueles do micro, terão aposentadoria no subsolo, ou no porão? Falando sério: as propostas do governo para a reforma da Previdência, com a finalidade de equilibrar as contas do País, terão um custo humano muito alto – muitos no subsolo para contrabalançar com os que ultrapassaram o teto e chegam às nuvens! Sou ignorante em economia, mas criar uma solução dessas, até eu! Por outro lado, as consequências estão aí, e só se acentuarão – elevem os muros! Multipliquem as guaritas! Blindem os carros! Contratem seguranças!
LUIZA LEONOR C. SILVA (professora) - Londrina

Carne Fraca
Quem não se lembra do Japonês da Federal? Agente que tornou-se conhecido em todo o Brasil e foi inclusive tema de música e máscara de Carnaval. Ele respondia por má conduta. Recentemente, aqui em Londrina um conhecido delegado da Polícia Federal também foi preso por suspeita de envolvimento em corrupção. Será que, com base nestes dois casos, poderíamos falar aos quatro ventos que a instituição é corrupta e viciada? Lógico que não, mas mesmo que fizéssemos isso, de forma irresponsável, as consequências e os prejuízos seriam infinitamente menores que os desdobramentos da entrevista alarmante que a Federal concedeu sobre o mercado de carne brasileiro. Se fossem reais as práticas divulgadas, guardar a informação e retardar providências por um ano já ensejariam a aplicação de uma punição aos agentes envolvidos. Aqui no Paraná, há alguns anos, tivemos um surto de febre aftosa transmitido pela bocarra de um governador em exercício. Gado do mesmo leilão não provocou o surto em estados vizinhos que receberam exemplares dos mesmos rebanhos. No caso do Paraná, o "culpado" foi condenado a uma aposentadoria integral, bem elevada, por alguns poucos meses de "trabalho". Espero que, no caso da Polícia Federal, a publicidade irresponsável e desnecessária seja punida e responsabilizada pelo prejuízo sofrido por empresas e produtores do agronegócio.
PAULO MAURÍCIO ACQUAROLE (aposentado) - Londrina

Terceirização
A terceirização é uma forma de escravizar o trabalhador e deixá-lo sem recurso. Lendo sobre este assunto na FOLHA, senti vontade de relatar como a falta de emprego na minha antiga cidade afetou a minha vida. O problema não era ser uma cidade pequena, mas sim a falta de emprego. A falta de trabalho leva as pessoas a mudarem de lugar em busca de oportunidades. Na minha antiga cidade, eu até conseguia emprego, mas os baixos salários e a péssima condição nas áreas de trabalho me fizeram abandonar a zona urbana e ir em busca de emprego na zona rural. Isso acaba fazendo com que as cidades não se desenvolvam corretamente, pois a empresas só se preocupam com o seu lucro. Os poderes públicos eleitos, prefeitos e outros, até cumprem algumas promessas e constroem hospitais e creches, mas é preciso fazer manutenção e isto exige recolhimento de impostos.
FELIPE INÁCIO MENDES (estudante e operário) – Arapuã

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