Brasil decapitado
Decapitado significa perder a cabeça intencionalmente ou acidentalmente. A palavra está na moda em função dos recentes massacres em presídios brasileiros. Sabemos que não é possível decapitar alguém com as unhas, ou seja, armas são fornecidas aos prisioneiros. Alguns produtores amadores ganham dindim nestas tragédias. Em Manaus, as vendas de um DVD contendo cenas do massacre na prisão (estilo "mortos ao vivo") se esgotaram rapidamente. Verdadeiro esgoto. Além disso, o recente massacre já inspirou um joguinho para celular. Um famoso criminoso está "bombando" em games: o jogador precisa ajudar o fugitivo a pular muros (já está com mais de 10 mil acessos). Na Holanda, algumas prisões estão fechando ou virando hotéis de luxo pela escassez de presos. No Brasil, é quase isso. Algumas prisões se transformaram em verdadeiros hotéis para presidiários, financiados por nós. Celular, frigobar, festinhas com cocaína, etc. A polícia tem receio de entrar na cadeia. O governo precisou enviar a Força Nacional para ajudar nesta tarefa. Pior que a decapitação física é a decapitação cultural. Estamos sendo decapitados há muito tempo pelos péssimos gestores. Comumente existem negociações entre criminosos e o governo ou a polícia. Em alguns Estados, o governo prefere não negociar. Joga a polícia contra os educadores. Precisamos fazer a nossa parte na força nacional pela cidadania, pela educação e pela ética. Não podemos nos deixar levar pelo lixo cultural e administrativo. Paulo Freire já nos alertava: "Se não houver investimentos em educação, as prisões aumentarão vertiginosamente".
AMARILDO PASINI (professor) – Londrina

Quem é Michel Temer?
Presidente Michel Temer, é hora de parar de falar palavras difíceis, agitando as mãozinhas em gestos artificiais aprendidos nas aulas de oratória e mostrar quem senhor realmente é. Que o seu governo é igualmente ilegítimo e terá que deixar o Planalto quando acabar o sigilo das delações premiadas todos sabem. Agora, com a falta do ministro Teori Zavascki, resta saber se para substituí-lo escolherá um bandido para enrolar o andamento da Lava Jato ou uma pessoa competente e digna para levar até as últimas consequências a operação que quer livrar o Brasil dos ladrões de terno e gravata.
RUBEM DE OLIVEIRA CAUDURO (professor) – Londrina

Morte de Teori Zavascki
Causou tristeza aos cidadãos do bem e alegria para centenas de políticos corruptos e cidadãos envolvidos nos processos da Lava Jato a morte do ministro Teori Zavascki. Todos os brasileiros aguardavam com muita ansiedade as informações da megadelação da Odebrecht na Operação Lava Jato, pelo ministro Teori, que faleceu em "acidente imprevisto ou acidente previsto". Na edição de ontem da FOLHA, o delegado federal Marcio Adriano Anselmo, um dos principais investigadores da Lava Jato, pediu investigação "a fundo" do acidente que vitimou o ministro do STF. Todos os cidadãos do bem apoiam o delegado por terem a mesma convicção sobre esse acidente. Faz parte do histórico da nossa política morte de pessoa que possuía informações importantes (vide o prefeito de Santo André) e um político (Eduardo Campos) que era concorrente forte ao cargo de presidente da República, dentre outros.
ADONIRO PRIETO MATHIAS (contabilista) – Londrina

Vamos fazer e cobrar
O texto abaixo foi sacado da página da CMTU na internet, sobre a responsabilidade do órgão quanto ao trânsito de Londrina: "A fiscalização de trânsito, realizada pelos agentes municipais, ocorre ininterruptamente das 7h às 21h, ou fora desses horários quando necessário. Os agentes municipais são escalados em diversas regiões da cidade e são responsáveis para identificar irregularidades e lavrar autos de infração de trânsito, quando necessário. A fiscalização tem o principal intuito de inibir os condutores de cometer infrações". E são bons no que se propõem, quanto à aplicação de multas, etc. Entretanto, quanto à responsabilidade de identificar irregularidades os considero inaptos, senão vejamos: há inúmeros cruzamentos na cidade que são roletas russas para o motorista, dado ao estacionamento que toma a visão de quem tenta cruzar a via. Temos que avançar acreditando que outro veículo não irá cruzar e agradecer o anjo da guarda caso saia ileso. Isto tudo quando não há árvores plantadas no campo de visão do pobre condutor. Não vejo o menor interesse do poder público em, primeiro, oferecer condições ideais de tráfego, para depois cobrar a disciplina por infração da lei. Não há contrapartida, é o "faça o que mando não o que faço", já famoso pelos desmandos políticos. Fica aqui minha sugestão para o vereador "boca no trombone": vá dar seu espetáculo num desses cruzamentos e, em seguida, faça que realmente o poder público tome providências.
RUBENS ROMAGNOLLI (engenheiro civil) – Londrina

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