Mercadores da fé
Fruto da ignorância crônica e arraigada na grande massa da população, os mercadores da fé estão se proliferando, ficando milionários e cada vez mais exercendo impunemente o seu charlatanismo. Causa nos revolta e profunda indignação assistir nossa gente pobre e humilde ser explorada em espetáculos televisivos de milagres fajutos e curas duvidosas, que conhecidos pastores protagonizam. Nas suas pregações mostram obsessão, ganância e voracidade pelo dinheiro, agindo das formas mais bizarras para juntar os donativos: são envelopes que correm soltos no templo, propostas de débitos em conta bancária, pagamento por boleto, por cartão de crédito e doações de móveis e imóveis. O sentido comercial é tão determinante, que uma dessas organizações, cujo pastor já é bilionário, vende franquia para quem quiser abrir um templo com o nome da igreja. A abertura da filial só é autorizada se a previsão de "faturamento" atingir as cifras pretendidas pelo dono da rede religiosa. O recente episódio do esfaqueamento de conhecido pastor foi explorado de forma tão acintosa e ofensiva à fé cristã, que precisa ser veemente repudiado pelos brasileiros. Fizeram circular entre os fieis um manto ungido pela camisa ensanguentada do "apóstolo" ferido, pedindo que nele tocassem, pois o sangue ali existente teria o poder da cura. Um descarado embuste. Com todo esse logro, adquirem canais de TV, emissoras de rádio, fazendas, jatinhos, helicópteros , carros luxuosos, etc. Não pagam imposto de renda e nem os demais tributos sobre a dinheirama que arrecadam, porque têm isenção garantida pela Constituição Federal. Uma enorme injustiça para com o sacrificado contribuinte brasileiro. É premente que o nosso povo seja melhor instruído!
LUDINEI PICELLI (administrador de empresas) – Londrina

Posse de vereadores presos
Cinco vereadores eleitos de Foz do Iguaçu, presos por corrupção, são escoltados pela PM, tomam posse na Câmara e voltam, escoltados claro, para a cadeia! É o fim dos tempos! Cadê a Lei da Ficha Limpa? Que país é esse? Isso é uma aberração! Somos motivo de chacota pelo mundo afora devido ao quadro político. Onde já se viu um vereador sair da cadeia, tomar posse e voltar à reclusão? Cadê nossas autoridades? Senhores, façam alguma coisa em favor do povo que trabalha e paga a maior carga tributária do mundo! Nós, os brasileiros que os elegemos, assim exigimos!
ANTÔNIO CARLOS PESCADOR (autônomo) – Londrina

Vandalismo em escolas
Alguém em sã consciência acredita que pessoas assim têm recuperação quando fazem isso sem motivo algum? Que arrebentam as portas das escolas, de creches, destroem tudo, inclusive livros, lanches e móveis dos ambientes onde as crianças vão para aprender? Esses maus elementos não têm o que fazer para tentar recuperá-los. Falo isso depois de tantas reportagens que vi nesses últimos anos, mas essa do Centro Esportivo do Conjunto Marília Cecília foi demais: quebraram as portas dos vestiários, jogaram gasolina na piscina onde seria feito hidroginástica para população. Alguém imagina por que fizeram isso? Não, ninguém entende essa barbaridade. Acha que um sujeito tão mau assim tem recuperação? Não, certamente, que não! Vai acabar como a maioria, antes de completar 25 anos já estará ali perto no Cemitério Jardim da Saudade!
FLORISVALDO CAMPANHA (executivo de vendas) – Londrina

Plano de saúde popular
Segundo o ministro da Saúde, Ricardo Barros, precisamos de um plano de saúde popular. Há quem afirme que os planos de saúde precisam cobrir tudo. Sem conhecimento do que seria este plano popular, a princípio, sou a favor. Imaginemos um plano que só cubra serviços de ortopedia e cardiologia. Bem mais barato para o consumidor, ele seria atendido na rede particular, desafogaria a fila nos postos de saúde e se viabilizaria os planos empresariais (empresas pagam metade dos planos de saúde dos funcionários) para microempresas. Hoje os planos são obrigados a cobrir quase tudo. Por isto, custam caro e os mais humildes não possuem plano de saúde. Para evitar que vendedores ludibriem consumidores com coberturas inexistentes, que tal a obrigatoriedade de colocá-los nos contratos em uma única página em fontes garrafais?
ILDO YUKIO MARUBAYASHI (agricultor) – Londrina

■ As car­tas de­vem ter no má­xi­mo 700 ca­rac­te­res e vir acom­pa­nha­das de no­me com­ple­to, RG, en­de­re­ço, ci­da­de, te­le­fo­ne e pro­fis­são ou ocu­pa­ção. As opi­niões po­de­rão ser re­su­mi­das pe­lo jornal. E-­mail: opi­niao@fo­lha­de­lon­dri­na.com.br