Fusão: alternativa para pequenos municípios
Para os pequenos municípios o melhor não seria a fusão como sugere o Tribunal de Contas do Paraná, mas sim alterar a atual estrutura administrativa que é muito grande nos moldes atuais, com prefeito, vice e nove vereadores, ficando caro para tocar essas pequenas cidades. Assim, sugerimos alterar o atual sistema administrativo dos municípios nanicos, com menos de 5 mil habitantes, para Distrito Administrativo autônomo ou independente constituído por Câmara Administrativa de cinco membros eleitos pelo voto direto no mesmo calendário eleitoral da eleição municipal geral, obedecendo ao mesmo período eletivo. A Câmara Administrativa formada pelos cinco membros mais votados e credenciados para administrar o denominado Distrito Administrativo, constituiria a mesa diretora por presidente, vice e três membros. Sendo o presidente o mais votado na eleição geral, pela metade do período, com direito à reeleição no período eletivo se sua administração estivesse atendendo aos anseios da população dentro do que foi proposto na campanha eleitoral. Essa Diretoria Administrativa seria normatizada por uma lei orgânica com base na Lei Orgânica Municipal adaptada para a nova forma administrativa. Com isso, continuariam as pequenas cidades independentes, porém com corpo de governantes menos custosos e com facilidade de corrigir uma rota administrativa viciada.
RENATO TAVARES (médico) – Sertaneja

Matar comunidades
O Tribunal de Costas do Paraná está sugerindo ao Tribunal de Contas da União a fusão entre pequenos municípios. Na prática, vai acontecer a matança de comunidades que sem prefeitura irão desaparecer, o comércio diminuirá e as pessoas irão embora. Quem é o maior empregador do município, quem é o maior comprador do município? Segundo estudos, os municípios maiores têm mais condições de oferecer serviços melhores e a um custo mais barato. Apenas teoria, pois na prática isso não acontece. Basta visitar os distritos dos grandes municípios para confirmar, além do quem tem município "grande" que está falido. Particularmente, penso que nos municípios com menos de 5 mil habitantes os vereadores não necessitam salário, afinal, continuam exercendo suas atividades profissionais; assim geraria um redução dos gastos públicos. Minhas sugestões: manter os atuais municípios; não permitir a criação de novos municípios e, principalmente, acabar com salários de vereadores.
JAMES BUSSMANN (bacharel em Ciências Contábeis) - Londrina

Boca Aberta
Muito se falou sobre a ação do vereador Boca Aberta na Unidade de Pronto Atendimento do Jardim do Sol. Ora, o vereador elegeu-se com essa promessa: ajudar a desatar esses nós intocados da administração pública. A saúde em Londrina está doente faz muito tempo. Houve contratações na gestão Barbosa Neto e na de Alexandre Kireef, entretanto, a choradeira continuou. O Conselho de Saúde sumiu do mapa, a Controladoria do município ignora a crise. Compete, então, à Câmara como órgão de controle externo, fiscalizar. E, para fiscalizar, tem-se que ir ao local, questionar, conferir as informações, analisar os fatos e oferecer denúncia se for o caso. Pode ter ocorrido excesso do vereador, porém é louvável a sua disposição em bulir no vespeiro. A administração pública não pode ter caixas pretas. Transparência abrange também questão de frequência. A hora é agora. Que tal estabelecer um novo protocolo, incluindo gestão, metas e maior transparência nas unidades? Assim, quando qualquer organismo de controle chegar estará amparado em normas claras para fazer as verificações.
IZAIAS BITENCOURT MORAES (contador) – Londrina

Boquiaberta!
Foi como fiquei com a repercussão do episódio do vereador de Londrina cujo codinome é Boca Aberta com relação à "visita" que ele fez na UPA do Jardim do Sol. Este sim está cumprindo as promessas de campanha. Tirando o jeitão dele que foi fora de uma postura adequada, mas ele está fiscalizando as unidades de saúde, coisa que muitas autoridades da área deveriam estar fazendo, pois a única coisa que sabem fazer é ficar lá sentadas nas confortáveis poltronas de seus gabinetes resolvendo nada! Parabéns Boca Aberta! Quanto ao Conselho Regional de Medicina ir em defesa dos profissionais - se bem que a lógica é esta pois são os profissionais que injetam dinheiro neste conselho de classe com a anuidade -, mas convenhamos que o CRM também não move uma palha para resolver o problema, o que faz é "blindar" certos profissionais que fazem promessas com a mão direita que vão "salvar vidas" e, quando pegam seus diplomas, não estão nenhum pouco preocupados. Já não é de hoje que vemos reportagens de alguns médicos que batem ponto e vão embora, vivem de atestado (parece que ficam mais doentes do que a população), pintam e bordam.
MARIA REGINA MINTO REYES (assistente administrativo) – Londrina

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