Benesses a comissionados
A Folha de Londrina e sua equipe de reportagem conquistaram, para nós contribuintes, uma vitória importante na tão suada luta de exigir que o dinheiro público, quando mal empregado, retorne para os cofres públicos. Estamos ainda na fase inicial do processo. Vamos ter notícia da fase recursal, aquela que protela - "empurra com a barriga" - toda ação judicial neste país, mas já há indicativos fortes que estes recursos vão voltar para os londrinenses. Tratei deste assunto neste espaço dia 23/11/16 e, creio que, deve-se estender tal ação a todos os implicados durante esta farra. Ex-prefeitos, ex-presidentes da Câmara, porque têm a prerrogativa de pôr em votação os projetos que tramitam na Casa, ex-presidentes e membros que votaram favoráveis à manutenção do benefício, da Comissão de Justiça , vereadores e ex-vereadores de todas as legislaturas que por lá passaram e não deram um basta a isso tudo, enfim, todos sem exceção, até mesmo comissionados e ex-comissionados. Que este caso seja um marco no trato da coisa pública. Não por acaso, a matéria da FOLHA foi publicada no dia 7 de setembro, esperamos na próxima comemoração da Independência do Brasil possamos nos sentir livres destas práticas.
LIDMAR JOSÉ ARAUJO (professor de Sociologia) – Londrina

Londrina nunca mais a corrupção
Guardo em minha memória ainda, quando ainda muito jovem, dando meus primeiros passos profissionais e tive a sorte em encontrar trabalho na Prefeitura de Londrina. Tive mais sorte ainda quando me colocaram como estafeta fazendo ligação entre a Secretaria de Fazenda e o gabinete dos prefeitos Milton Ribeiro de Menezes e dr. José Hosken de Novaes. Ali foi, sem dúvida alguma, a grande escola de minha vida convivendo e forjando conceitos de moralidade pública. A corrupção era uma palavra proibida e intolerável. Um fato marcou o perfil do dr. Milton para sempre. Um funcionário da tesouraria pegou uma quantia em dinheiro de um contribuinte para quitar impostos. Após alguns dias, passou pela prefeitura para apanhar os recibos de quitação. O funcionário disse ao contribuinte que estava sem o dinheiro e que em alguns dias faria a quitação. A denúncia foi feita imediatamente ao prefeito pelo contribuinte. Chamado, o servidor confirmou. Dr. Milton chamou o secretário de Recursos Humanos e determinou a demissão imediata. Chamou o então secretário de Fazenda, Américo Serpa Ferraz, que era o meu chefe, que me determinou fazer todos os cálculos com juros multas e correção monetária. Levei os documentos ao dr. Milton, que fez um cheque e pediu à sua secretária que fosse ao caixa recolher os tributos. Foi assim que nossos grandes prefeitos como Dalton Paranaguá, o inesquecível Wilson Moreira e José Richa conduziram Londrina, não esquecendo nunca Alexandre Kireeff que baniu por quatro anos a corrupção em Londrina. Agora, é a vez de Marcelo Belinati entrar nesta galeria de prefeitos fantásticos que nossa cidade teve.
WALTER COSTA BAROSO (cirurgião-dentista) – Londrina

Bônus e presídios
O governo federal vai pagar bônus aos servidores da Receita Federal e do INSS no valor de R$ 8 bilhões até 2019. Do outro lado, o Brasil tem 600 mil presos vivendo em situação subumana, fora os 5 milhões de jovens que estão entrando no mercado de trabalho sem profissão. Como diziam os antigo, isso é colocar (bônus) toicinho no rabo do porco gordo. Este dinheiro poderia ser melhor gasto em escolas profissionalizantes para que tenhamos menos bandidos nas ruas. Com esta medida, o governo federal vai aumentar mais a bandidagem porque os recursos sociais não chegam nas periferias das cidades, onde está a função social dos tributos. Vejo que é só para os privilegiados filhos do rei.
OSMAR CARVALHO (contador) – Londrina

Com que salário eu vou?
Somente esclarecendo ao sr. Paulo Mauricio Acquarole (Opinião, 9/1): quando um vereador é convidado para um ocupar um cargo no Executivo, ele pode fazer a opção entre os dois salários. É lógico que eles sempre optam pelo de maior valor. Já foi noticiado na mídia que o presidente da Fundação de Esportes de Londrina, Fernando Madureira, optou pelo salário de vereador. Quanto a Tio Douglas, como ele não chegou a tomar posse como vereador, ele não tem esse direito, é só o salário da Acesf mesmo. A regra vale também para deputados (estaduais e federais) e senadores.
NINA CARDOSO (psicóloga aposentada) – Londrina

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