Tragédia brasileira de Chapecó
Passados o susto, a perplexidade, as manifestações de solidariedade, o sentimento de abandono e frustração com a tragédia aeronáutica ocorrida na Colômbia com a comitiva da Chapecoense, começamos uma nova semana ouvindo noticiários falando da fatalidade. Logo, tudo volta à rotina para a maioria das pessoas que se assustaram, ficaram perplexas e choraram com o ocorrido, menos para os familiares das vítimas, para quem a dor, a saudade e o sentimento de perda serão eternos. Depois de tantas manifestações de solidariedade, demonstrações de sentimento de real dor, depois do show de solidariedade e respeito externados pelos colombianos, ficam martelando em meu íntimo uma série de perguntas para as quais não encontro respostas. Até que ponto o ser humano é capaz de arriscar a própria vida e a de seus semelhantes por interesse e resultado financeiros? Se o acidente, por infelicidade, tivesse ocorrido no Brasil, quantos dias nossa ineficiência e burocracia demorariam para liberar os corpos? Teríamos a mesma solidariedade e respeito para com os colombianos? Por que é possível nos unir pela dor e não pelo amor, como demonstraram as torcidas organizadas do Palmeiras, Santos, São Paulo e Corinthians? Como num momento tão difícil, uma mãe tão simples como dona Ilaídes Padilha, encontra forças, lucidez e sabedoria para reconhecer a importância da imprensa na vida do filho (o goleiro Danilo) e manifestar sua solidariedade com os profissionais da imprensa que também perderam a vida? Sairemos melhores dessa tragédia ou teremos a mesma atitude e reação de parte da Câmara Federal que, na comoção nacional, procurou criar condições de se livrar da abrangência da lei em cobrá-los por seus erros e prevaricações? Fui um grande admirador do automobilismo e, desde o dia 1º de maio de 1990, perdi total interesse pelas corridas de Fórmula 1. Ainda não sei como será com o futebol. Com certeza, o tempo me responderá muitas dessas minhas dúvidas.
ANTONIO CIRÍACO (professor) - Cidade Gaúcha

Falta de Transparência
O Observatório de Gestão Pública de Londrina externa sua extrema preocupação com informação veiculada ontem pela Folha de Londrina sobre ausência de transparência mínima nas ações do Conselho de Saneamento. Não só por contribuir com a gestão de grande monta de recursos públicos mas também pela importância de tal instância para a regulação dos serviços de saneamento em nossa cidade. A transparência é um mandamento legal que eiva de irregularidades os atos tomados à sua sombra. É inaceitável que um conselho de tal importância não conste da página da prefeitura na internet reservada aos conselhos municipais, dificultando ao cidadão informações básicas sobre sua composição, datas de reuniões, assuntos ali tratados, atas das deliberações, etc. Os conselhos municipais são instâncias direcionadas à promoção da transparência e da participação da comunidade na gestão pública, e não o contrário. Levaremos a preocupação ao Conselho Municipal de Transparência e Controle Social de Londrina e solicitamos à Câmara Municipal que exerça seu papel fiscalizador para coibir a permanência e repetição de atos desta gravidade.
FÁBIO CAVAZOTTI (presidente do Observatório de Gestão Pública de Londrina) – Londrina

Política e corrupção
Quando vemos grandes nomes da política (ex-governadores, deputados) e grandes empresários serem presos, concluímos que o grande problema do Brasil atualmente é, com certeza, a corrupção. E ela leva consigo a má gestão, pois os políticos eleitos que estão a fim de se locupletarem com o cargo (e que não são poucos) não vão dispensar suas energias para fazer uma administração de qualidade, no final aparecem as consequências desastrosas (como no estado do Rio de Janeiro e outros). Os líderes e camadas da população que não estão acomodados e ainda se indignam e não aceitam essa situação deveriam pedir um novo referendo para mudar esse sistema político (eleitoreiro, corrupto e falido).
SWAMI VERONESI (músico) – Santo Antônio da Platina

Tráfico de animais
O tráfico de animais está em franco crescimento no momento em que nossa flora se esfalece nas mãos de traficantes especializados no transporte e no comércio de animais de nossas florestas, muitos em extinção. Defendo uma mudança radical em nossa legislação. As penas impostas não contribuem em nada para que se dê fim nesse tipo de comércio. Necessitamos de penas mais eficazes e pesadas para o traficante, que podem variar de quatro a doze anos dosando-as conforme a gravidade e a situação em que o animal se encontre no momento do crime.
LUIZ FURTADO (vendedor) – Londrina

■ As car­tas de­vem ter no má­xi­mo 700 ca­rac­te­res e vir acom­pa­nha­das de no­me com­ple­to, RG,
en­de­re­ço, ci­da­de, te­le­fo­ne e pro­fis­são ou ocu­pa­ção. As opi­niões po­de­rão ser re­su­mi­das pe­lo jornal.
E-­mail: opi­niao@fo­lha­de­lon­dri­na.com.br