‘Ad augusta per angusta’
Vejo na mídia que o nosso país chega a um número absurdo de 14 milhões de desempregados. Se levarmos em conta que uma pessoa sustenta no mínimo mais 3, chegaremos a um valor desesperador, ou seja, 56 milhões de brasileiros passando fome. Enquanto isso sustentamos mais de 10 mil políticos pelo país afora, com altíssimos salários e custos diretos e indiretos incalculáveis, mordomias imensas e, o que é pior, para trabalharem 2 ou 3 dias por semana! Precisamos mudar nossa maneira de aceitar o que nos é imposto. Para que houvesse o impeachment, deixamos o conforto de nosso lar e fomos à rua. Urge, dentro de um princípio de paz, que tomemos medidas radicais, pois existe algo de podre no reino da Dinamarca. "Ad augusta per angusta" (através das dificuldades é que se chega aos grandes resultados).
EDSON MEDARDO SCARCHETTI (bacharel em Teologia) - Figueiró dos Vinhos (Portugal)

PEC 241
Tenho lido muitos comentários defendendo a PEC 241. Alegam que ela vai salvar o Brasil. Por que não incluir nessa PEC a taxação das grandes fortunas e heranças e cobrar os grandes devedores da União? Um pequeno número de grandes empresários deve mais de R$ 500 bilhões para a Previdência Social. O "homem da Fiesp", que disse que não ia pagar o pato, deve mais de R$ 6,5 bilhões para a Previdência. Somando um grupo de empresários, eles devem mais de um trilhão de reais para União! Também 43% do PIB do Brasil é usado para pagar juros da dívida interna, dinheiro que vai para o bolso dos banqueiros. Por que não reduzir pela metade esse valor? Por que cobrar a conta somente dos pobres e trabalhadores? Vamos dividir a responsabilidade com todos. O que estamos vendo no Brasil, podemos ler no livro de Gilberto Freire "Casa grande e senzala". O projeto de Temer vamos ver em pouco tempo: os pobres de volta à senzala! Vamos ver o caos neste país com aprovação dessa PEC. Aguardemos e veremos. Quando o povo saiu nas ruas pedindo a saída da presidente Dilma, víamos cartazes pedindo mais saúde, educação e segurança. Como fica agora com a aprovação da PEC? Onde está o povo que exigia tanta coisa? Vai ter menos recurso para tudo e mais recurso para pagar banqueiros. Estamos voltando também a ser colônia dos Estados Unidos, como defende José Serra e companhia.
PAULO ROBERTO SANITÁ (agricultor) - Tamboara

Horário de verão
O governo que criou e mantém esse horário, alega que é para economizar energia e sempre apresenta cifras (de economia) divergentes. Como podemos acreditar nisso, se até agora o nosso governo nunca foi totalmente transparente nos seus atos (e contas)? Além disso, se economizamos energia no final do dia temos que gastar mais de manhã, pois temos que deixar as luzes mais tempo ligadas com a antecipação do horário natural. Além de que, adaptar o relógio biológico (fome, sono) a esse horário não acontece de um dia para o outro e quando volta o horário natural, reconhecemos prontamente – esse é o horário! Bem diferente da Escócia que irá fazer um referendo sobre mudanças naquele país, no Brasil só de vez em quando se consulta a população para medidas que afetam a vida do cidadão.
SWAMI VERONESI (músico) – Santo Antônio da Platina

Óleo diesel
Na ânsia populista e prevendo o saquear da Petrobras, retiraram o subsídio aumentando o óleo diesel. Agora, recessão e inflação. Várias são as medidas necessárias para reverter essa situação, mas fazer com que quem consome gasolina e álcool subsidie o óleo diesel é uma. O transporte de mercadorias ao supermercado, a produção agrícola e as máquinas dependem do óleo diesel. O produto chegará mais barato ao consumidor e se incentivará a produção.
ILDO YUKIO MARUBAYASHI (agricultor) – Londrina

OAB e a Justiça
Estaria a OAB favorável à impunidade? Sim, segundo sua manifestação no tocante à execução de pena após condenação em segunda instância, ou seja, antes de "infindo" trânsito em julgado. Alega a entidade, que essa medida correria o risco de penalizar alguns inocentes (quem?). Ora, todos nós sabemos que a maioria dos processos envolvendo colarinhos brancos, quando encaminhados ao Supremo, tende a caducar. O Tribunal Superior (3ª instância) é acionado, deixando transparecer que os tribunais de 1ª e 2ª instâncias não sabem, ou mesmo, não dominam o Direito e a Constituição brasileira. Essa medida vem ao encontro dos anseios da sociedade brasileira, de um modo geral. Se quisermos ver nosso sofrido país passado a limpo, temos que separar o joio do trigo nos Três Poderes da União!
WILSON OLIVEIRA TRINDADE (bacharel em Direito) – Londrina

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