‘O lixo que muda vidas’
O artigo "O lixo que muda vidas", escrito pelo professor Luis Miguel Luzio dos Santos e pela administradora Monique W. Burguez (Espaço Aberto, 15/10), deveria funcionar em todas as vilas, povoados, pequenas cidades e por que não nas grandes metrópoles? Depende da vontade política e do entendimento sobre economia dos nossos administradores. A filosofia de acabar com o lixo, na verdade, é mais simples do que imaginam os nossos prefeitos e políticos. Senão, vejamos: todo ser humano tem verdadeiro asco ou nojo pelo lixo produzido por outras pessoas. Então, precisamos quebrar esse paradigma e partir para ação encarando o lixo de cada família e separar de forma sistemática e habitual (o lixo orgânico, papéis, plásticos, isopor, vidros, garrafas, etc.) e colocarmos cada objeto em um recipiente para que o poder público possa coletar diariamente. Devemos criar um slogan "Ame o teu lixo ou ele acabará te sucumbindo". Vejam o que este gesto vai produzir para a comunidade: muita economia e produção de riquezas a partir do lixo, com produção de adubo orgânico, reaproveitamento de recicláveis e por que não o poder público dar incentivo ao povo concedendo belos descontos no seu IPTU, etc?
ANTONIO TAKAHASHI (contador) – Rondon

Passe escolar x escolas ocupadas
Não entendi por que a Prefeitura de Londrina voltou atrás e tornou a liberar o passe escolar para os alunos das escolas que, no momento, encontram-se "ocupadas". Professores não estão dando aulas e alunos não estão estudando, portanto, não há nenhuma necessidade de se utilizar este benefício. Alguns dirão que estou sendo radical, que muitos alunos querem que as escolas sejam liberadas e as aulas retornem. Eu sei disso, mas, mesmo estes, estão, no momento, impedidos de irem e virem das escolas para suas casas, porque os seus "colegas" assim o decretaram. Vão usar o passe livre para quê?
NINA CARDOSO (psicóloga aposentada) – Londrina

Populismo à flor da pele
No último sábado (15/10) ouvi a apresentação dos vereadores mais votados de Londrina na Rádio Paiquerê AM. Fiquei espantado com o comportamento inconveniente e o vulgarismo do palavreado usado pelo vereador eleito Emerson Petriv (vulgo Boca Aberta) para criticar autoridades do município. É de deixar os londrinenses preocupados. Dentre outros disparates, ele chegou a dizer que "é um instrumento de Deus e que Ele (Deus) abençoou o povo para elegê-lo". Com muita frequência utilizou a palavra "abençoado". Um termo tão bonito, carregado de sentimento religioso, não deveria ser tão banalizado e demagogicamente usado para fins políticos. Aliás, coincidentemente, Antonio Belinati era hábil nesse quesito abominável. O que nos assusta também é a forma rude do sr. Petriv se expressar. Não há equilíbrio e nem ponderação nos seus posicionamentos. Pela nossa Câmara já passaram grandes tribunos, homens honrados que alçaram altos cargos públicos na República e que prestaram inestimáveis serviços ao município. Agora, a nossa Casa legislativa vai ter que acolher um político impedido, por medida judicial, de se aproximar a menos de 200 metros da vereadora Elza Correa, do prefeito Alexandre Kireeff e de outras autoridades. Uma situação constrangedora. Com essa excentricidade e estardalho, Boca Aberta vai dar muito trabalho à Comissão de Ética e poderá ter sua carreira encurtada na Câmara. Não é da forma como ele quer agir, fazendo ameaças generalizadas e no pior estilo de justiceiro valentão, que vamos resolver os problemas de Londrina. Lastimável.
LUDINEI PICELLI (administrador de empresas) – Londrina

Ainda sobre a PEC 241
O que me deixou preocupado, talvez esteja errado, é o fato de limitar o próximo orçamento com base naquele que anteriormente, devidamente atualizado, poderia se tornar uma grande desculpa para deixar de economizar sob a falsa premissa de evitar o engessamento orçamentário e a redução da margem de liberdade para o manejo das contas públicas frente a demanda do Estado. De toda forma, limitar a forma de utilização dos recursos públicos, ainda que possa mitigar (já tão mitigados) direitos, apresenta-se para alguns como um mal desnecessário e para outros como ferramenta de gestão. Os governos precisam talvez, não cortar gastos, mas sim otimizar a aplicação desse dinheiro todo em favor e em benefício das pessoas para atingir realmente os objetivos do estado democrático de direito. A prática nos dirá se será boa ou não a medida limitadora, se realmente se consolidar em emenda constitucional.
VINÍCIUS ALVES SCHERCH (advogado) – Bandeirantes

■ As car­tas de­vem ter no má­xi­mo 700 ca­rac­te­res e vir acom­pa­nha­das de no­me com­ple­to, RG, en­de­re­ço, ci­da­de, te­le­fo­ne e pro­fis­são ou ocu­pa­ção. As opi­niões po­de­rão ser re­su­mi­das pe­lo jornal. E-­mail: opi­niao@fo­lha­de­lon­dri­na.com.br