Estudantes do Paraná
A ocupação das escolas do Paraná, a organização dos estudantes e a responsabilidade com que eles têm gerido esse fato político demonstram que é uma falácia paternalista dizer que são incapazes de traçar seus caminhos escolares, como muitos argumentaram contra a reforma do ensino médio. Ninguém precisa ser a favor do Temer para reconhecer que os adolescentes têm força própria, faculdades bem desenvolvidas e que estão aptos à autonomia. Nosso papel, como professores, é fomentá-la e não podá-la. Aos que veem as ocupações do alto de seu esnobismo aristocrático, traças, teias de aranha e o imobilismo aguardam suas ideias poeirentas.
DANIEL GUERRINI (professor) – Londrina

Querido governador...
Escrevo com o mesmo sentimento de uma criança que escreve para o Papai Noel pedindo aquele presente tão desejado. Mas não sou mais criança, infelizmente não acredito mais em Papai Noel e tenho conhecimento de que são meus pais que compram meus presentes de Natal. Sou aluna da UEL, estou cursando Pedagogia e estou no oitavo semestre do curso. Sonho há 4 anos com esse "presente", o meu diploma. Um presente que estou correndo atrás, passando noites em claro para entregar os trabalhos em dia, após horas intermináveis de estágios, com os olhos cansados de tanto ler para as provas e contando as moedas para pagar os inúmeros textos e xerox. Há quatro anos, fazendo chuva ou sol, calor ou 4 graus típicos do inverno na UEL, eu estou lá. Diariamente, pego o ônibus lotado para a Universidade e o trabalho, e volto para a casa novamente no ônibus lotado. E o senhor, querido governador, não me permite pegar este diploma nas mãos! Você já atrasou, e vai atrasar ainda mais o dia em que meus pais irão ver a única filha deles subir em um palco e finalmente segurar e suas mãos um diploma. Até quando o senhor vai negar esse tão sonhado dia, não só meu, mas de inúmeros alunos da UEL, além dos que ainda sonham em entrar? Espero que este dia não esteja tão longe assim.
LETICIA CAROLINE BARBOSA MOVIO (estudante) – Londrina

Respeito aos mestres
Gostaria de homenagear nossos mestres pela dedicação, carinho, amor à profissão e pelo dom que Deus deu-lhes para educar. Pena que nossos governantes não os reconhecem. Um ex-presidente disse que "não foi preciso estudar para virar presidente". Outro agora vem com mudanças sem consultar os maiores especialistas: os próprios professores. Enquanto formos uma nação que não dá a importância devida aos nossos educadores, nunca seremos um grande país! Aos mestres que de alguma forma participam de nossa vida, meu profundo respeito.
HEVERSON YOSHIO TAKASAKI (bancário) - Santo Antônio da Platina

PEC 241
Na edição da FOLHA do dia 14, a seção Opinião do Leitor deu mostra do quão qualificados são seus assinantes. A carta "Decisão equivocada" do sr. Ludinei Picelli merece nota 10 com louvor. É assim que o londrinense tem que proceder: estar atento e divulgar sua opinião. Sou da velha guarda e testemunhei quão maléfica foi a passagem do "velho" Belinati pela prefeitura. Não votei no seu sobrinho: a maneira como se apresentou na propaganda eleitoral na TV teve tudo parecido com o seu tio, político populista. Tenho muito medo. Londrina, ultimamente, tem sido manchete nos jornais de modo pejorativo, o que muito nos aborrece. Esperamos que o prefeito eleito venha ao jornal justificar o seu voto contrário à PEC 241.

JOÃO B. GUIMARÃES (médico) - Londrina

Revoada das formigas gigantes
No último sábado muitos londrinenses observaram a revoada das formigas gigantes, que são pertencentes às saúvas (formigas cortadeiras). Anualmente, elas têm este comportamento, coincidindo com as chuvas da primavera, calor e condições adequadas de vento. As formas aladas são produzidas em ninhos mais velhos (mínimo 3 anos), como estratégia de reprodução e dispersão da espécie. São produzidas formigas com asas, tanto de machos ("bitus") como fêmeas ("tanajuras"), que irão acasalar em pleno voo. Os machos morrem logo após, sendo que as fêmeas férteis cortam as próprias asas, e passam a escavar um novo formigueiro no solo, passando a ser chamada agora de rainha. As rainhas irão regurgitar um pedacinho de fungo (verdadeiro alimento delas), trazido do seu ninho original, e vão depositar ovos para sua própria alimentação, bem como ovos que darão origem às operárias, que irão cuidar da nova sociedade. Cabe destacar que uma rainha pode viver mais de 10 anos, sendo que as operárias (cortadeiras) podem causar grandes desfolhamentos em áreas rurais e urbanas. O controle deve ser preferencialmente feito com iscas granuladas, adquiridas em casas agropecuárias ou em setores de jardinagem.
AMARILDO PASINI (professor de Agronomia) – Londrina

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