Decisão equivocada
Lamentável o voto do deputado federal e prefeito eleito de Londrina, Marcelo Belinati (PP), contrário à aprovação da PEC 241 que limita os gastos públicos. Apenas 4 dos 26 deputados federais paranaenses votaram assim. Ele se juntou à turma da gastança, responsável pela nossa pior crise econômica e elevação irresponsável da divida pública brasileira, para rejeitar a proposta que vai iniciar a reversão do rombo financeiro provocado pelos governos petistas e a reconquista da confiança dos investidores. Com seu voto, Marcelo Belinati se alia a uma minoria defensora do esbanjamento e que não admite o "gastar só o que arrecada". É o grupo dos políticos que perdeu as "boquinhas", liderados pelo PT, Psol e PC do B, que formam a oposição ao atual governo. Esse posicionamento poderá custar caro às suas pretensões de trazer verbas federais para o município, como exaustivamente prometeu na campanha eleitoral. Torcemos para que a sua desaprovação à PEC não seja obstáculo para a interlocução com o governo federal. Todavia, é possível, sim, sofrermos retaliações, com graves prejuízos à cidade. Ao contrário da justificativa de Belinati, a PEC do Teto dos Gastos não vai prejudicar a saúde e a educação, mas sim melhorar a sua gestão. A regra constitucional de aplicar na educação o mínimo de 18% de tudo o que o governo arrecada, continuará em vigor, enquanto que na saúde esse índice será aumentado de 13,7% para 15%, num incremento de R$ 10 bilhões já em 2017. Ainda há tempo para ele corrigir o deslize.
LUDINEI PICELLI (administrador de empresas) – Londrina

Incoerências
Há anos que ouço que o governo gasta mais do que pode. Um brasileiro de caráter e, verdadeiramente, patriota que não age de acordo com interesses partidários, mas pelo bem do Brasil aprovaria sem titubear a PEC 241 que visa limitar os gastos públicos. Sabemos que algumas medidas devem ser tomadas para tirar o país desse abismo, mas infelizmente vemos políticos que votam contra o projeto única e exclusivamente para fazer oposição ao governo, independentemente se a proposta é boa ou não para o país.
MARILENE RABELO SORIANI (diretora de escola) - Sertanópolis

Corrupção sem freio
No do Dia da Criança, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, relatou em entrevista a um jornal de circulação nacional o quão impressionante é o acumulo de denúncias na Operação Lava Jato. Suas palavras: "Onde você destampa tem alguma coisa errada. É como um contágio que ultrapassa tudo o que seria imaginável". Tal afirmação só reforça aquilo que todos têm da política como um todo: além de ser pouco confiável, está contaminada. O que mais impressiona em sua fala é que a observação sobre a delinquência generalizada, a que ele se refere, está intrinsecamente ligada ao foro privilegiado. Ouso avançar na análise do ministro e arrisco dizer que outros elementos contribuem para este estado coisas. Nestes inúmeros casos de criminalidade, as duas faces de uma mesma moeda, que encorajam os delinquentes, são: a certeza da impunidade e a de que o crime vale a pena. Criou-se uma cultura monstruosa que arrasta muitos a delinquir. E é no processo eleitoral que vemos as pessoas se renderem à ideia de alcançar o poder. Quando um chefe de família faz uso desta moeda é preocupante.
LIDMAR JOSÉ ARAUJO (professor de Sociologia) – Londrina

Lula e os procuradores
O ex-presidente Lula desafia os procuradores da República dizendo que não há prova contra ele para incriminá-lo. Mas que prova é essa? Lula estaria falando da prova material e não da prova por evidência ou indício. Na minha opinião, a cultura da Justiça brasileira se distancia um pouco do padrão internacional. Até porque no Japão os empregados nem assinam o recibo de salário. Mesmo assim, a deputada Fujimoto foi obrigada renunciar ao cargo quando lhe foi apresentada uma denúncia, por sua empregada, por causa de desconto ilegal no salário. Se ela fosse parlamentar brasileira, então, com muita certeza ela não renunciaria, muito pelo contrário iria desafiar a Comissão da Ética dizendo "cadê a prova", como disse Lula.
OSAMU ARAZAWA (contador) – Londrina

Afastamento de Moro
Advogados do ex-presidente Lula pediram o afastamento de 13 procuradores no MPF e retirada do juiz Sérgio Moro do processo de julgamento do ex-presidente! Qual será o motivo de tanto temor do sr. Lula do juiz Moro? Afinal, quem não deve não teme! Sr. Lula, o Brasil inteiro espera ansiosamente pela sua chegada a Curitiba. E os "cumpanheiros" José Dirceu, Antonio Palocci e Delubio Soares o aguardam angustiado para a grande reunião dos amigos!
ANTÔNIO CARLOS PESCADOR (autônomo) – Londrina

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