Mulheres e o estupro
Chama a atenção a última pesquisa do Datafolha sobre a culpa das mulheres em casos de estupro. No entanto, para além do senso comum, que pode simplesmente dizer "que absurdo esse tipo de pensamento!", vou um pouco além, e digo que a pergunta foi mal formulada, comprometendo ou, no mínimo, produzindo um resultado dúbio que não condiz com o pensamento dos entrevistados. Na verdade, uma pergunta bem feita, que talvez refletisse bem a realidade sobre o assunto, seria: mulheres que usam roupas sensuais, chamativas ou vulgares, têm mais chance de serem estupradas? Na certa, o resultado demonstraria melhor o pensamento dos mais de 30% da população brasileira, que respondeu que mulher que usa roupas provocativas não pode reclamar se for estuprada.
RUY CARNEIRO GIRALDES NETO (servidor público) - Londrina

Eleições 2016
O que pensar? O que fazer? Essa é a questão. São tantas informações, promessas todos os dias no rádio, na televisão e na internet, sem contar a sujeira nas ruas e as caixinhas de correios cheias de panfletos de candidatos prometendo o que nem eles sabem o que é, porém fica difícil votar, porque o eleitor já está cansado. Dá até fadiga! O que fazer, então? Analisar. Como? Observando as propostas que contêm no panfleto eleitoral visando o que é importante para nosso bairro, nossa cidade e, principalmente, pelas nossas crianças que são o futuro de nosso país e, quando o eleger, cobrar. Só assim teremos uma política diferente, afinal somos ou não brasileiros?
ANA PATRÍCIA MISAEL PIRES (comerciante) – Bandeirantes

O país do futuro
Sempre ouvimos falar "que o Brasil é o país do futuro", isso dito por nossos pais, por nossos amados professores, por amigos e demais otimistas de plantão. Entretanto, há alguns anos esse futuro chegou e o Brasil parecia uma nação em grande evidência, acalentada pela mais alta fidalguia do planeta. Um pouco mais e caímos numa crise sem precedentes, com milhões de desempregados; pessoas mortas todo dia por ignominiosos assaltantes; além de sermos violentados por uma escória de ladrões do dinheiro público, desmascarada, fartamente, pela festejada Operação Lava Jato. Caímos embasbacados diante de tanta podridão, a céu aberto como se diz, e o que parecia um futuro grandioso transformou-se, de repente, num presente indescritível e num passado, não imaginado, porém inacreditavelmente perverso. Há sim uma pergunta que não quer calar, porém muitos não têm coragem de fazê-la: o que teria acontecido conosco? Tudo estava caminhando para um destino glorioso, era só esperar um pouco que as coisas iam melhorar e muito. Porém, poucos imaginam que somos uma gente que desprezou, quase sempre, a verdade dos fatos. Sempre negamos a verdade e imaginamos que o mundo deva ser um "mar de rosas" embora, na nossa frente, o monstro da mentira, da dissimulação, mostre as suas garras. Explicando melhor, olhamos para a solenidade de posse da nova presidente do Supremo Tribunal Federal. Ali mesmo na Corte Suprema, no sacrossanto altar da justiça dos homens, se faziam presentes e impolutos alguns dos piores marginais que infestam, infernizam e infelicitam a nação brasileira. Novamente ficamos estarrecidos e embasbacados diante de coisas que não queremos acreditar e aceitar. Nos resta ficar de mãos atadas e cabisbaixos, diante desse tapa na cara que levamos ou será que compreendemos o mundo em que vivemos? Pátria amada Brasil.
SERVIO BORGES DA SILVA (advogado) – Londrina

Analfabetismo, até quando?
Ao ler o artigo "O caminho para a alfabetização", da diretora de escola Andrea Pizaia Ornellas (Espaço Aberto, 16/9), lembrei que desde muito pequeno ouço falar do fim do analfabetismo no Brasil e que meu pai ainda na década de 60 foi frequentar o Mobral - Movimento Brasileiro de Analfabetização. Ele sabia ler e escrever, tinha até curso de calígrafo, mas precisava concluir o segundo grau para participar de um teste seletivo de Farmacêutico Provisionado, e esse era um pré-requisito. O brasileiro é assim: só diante de uma necessidade de interesse pessoal toma outras iniciativas necessárias. Gostaria de sugerir que para o ingresso em qualquer programa do governo (PIS, Pasep, seguro desemprego, auxílio doença, aposentadoria e muitos outros) fosse exigido do cidadão a leitura e a escrita. Uma adulto analfabeto repassa o problema a seus filhos e aí se multiplica o problema. Sendo uma obrigatoriedade, colocaremos um fim nisso combatendo em duas frentes: crianças e adultos.
PAULO MAURICIO ACQUAROLE (aposentado) - Londrina

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