Gilmar Mendes
Com sua habitual destemperança, o ministro Gilmar Mendes saiu em defesa do colega Dias Tófolli, após a publicação na imprensa de trecho de delação premiada que supostamente envolveria Tófolli em favores menores concedidos a ele pela empreiteira OAS. Mendes, com o arroubo de sempre, se arremete contra o Ministério Público acusando-o de abuso de poder e toda sorte de impropérios. Compara os promotores a déspotas e ataca fortemente o MP. Os chama de cretinos e vocifera que "esses falsos heróis vão encher o cemitério e a vida continua". Que no cemitério estão enterrados muitos falsos heróis, não tenho dúvida. Tenho certeza também que infelizmente os corredores do poder no Brasil estão repletos de "verdadeiros covardes", todos eles muitos bem vivos a surrupiar o patrimônio nacional e a atravancar a Justiça. Em todas as instâncias e poderes. O que teme Gilmar Mendes? Tófolli, com certeza, não aceitaria favores menores. Terá Mendes medo que o MP acabe por descobrir "favores maiores" envolvendo os membros da mais Alta Corte da Nação? Infelizmente, quem viver, não verá!
ALBERTO NOLLI (empresário) – Londrina

Ouro dos tolos
A expressão "ouro dos tolos" é usada para o mineral denominado pirita, que possui coloração amarelo dourada, muito semelhante ao ouro, mas de valor bem inferior. Esta comparação se aplica ao nosso jogador Neymar, que logo após a conquista do ouro olímpico , por mérito da equipe e do Técnico, colocou na testa uma tiara com a frase 100% Jesus e foi blasfemando, com língua diabólica, em direção aos torcedores, como um verdadeiro tolo. Destaco que a pirita também solta faíscas, quando golpeada com algum artefato. Sugiro que o Comitê Olímpico crie a medalha "ouro dos tolos", destinado àqueles que não possuem perfil do verdadeiro atleta, devido ao comportamento e caráter. Justifico os fatos com o nosso maratonista Vanderlei Cordeiro de Lima, em Atenas (2004), que conquistou sorrindo e vibrante a medalha de bronze, mesmo após a interrupção daquele maluco ex-padre irlandês. Neste caso, o atleta foi agraciado com a mais alta honraria olímpica, ou seja, a medalha Pierre de Coubertin, significando espírito esportivo e humanitário. Resumindo: nem tudo que reluz é ouro.
AMARILDO PASINI (professor) – Londrina

Filósofos e políticos
Faço minhas as palavras do psicólogo Jair Queiroz no artigo "Faróis acesos, filósofos e políticos" (Espaço Aberto, 23/8), pois, como Diógenes, realmente, procuramos em plena luz do dia, com uma lanterna acesa, políticos honestos, verdadeiramente, comprometidos com a causa pública, mas não os encontramos. O que se vê são pessoas interessadas em uma vaga em qualquer nível do poder para que possam melhorar sua vida particular com os polpudos salários e os benefícios consequentes, nem sempre lícitos. E o que se ouve, diariamente, são as assustadoras notícias de corrupção que não os abalam, pois acreditam na impunidade tão arraigada em nosso Brasil, cujo povo sofre as consequências da falta de investimentos públicos em todos os setores, principalmente, na educação básica que, se fosse de qualidade, pouparia recursos para a saúde e a segurança e disponibilizaria recursos humanos capacitados para todas as áreas, além de propiciar realização pessoal para nossos jovens.
CLAUDETE D. RIBEIRO (professora) – Cambé

Exemplo de superação
Rafaella Silva, uma menina simples da periferia do Rio de Janeiro, conquistou o coração de muitos brasileiros ao ganhar a 1ª medalha de ouro para o Brasil na Rio 2016. Na minha opinião, Rafaella tem uma grande história de superação após ser desclassificada na Olimpíada de Londres por fazer um golpe proibido: sofreu racismo e muitos comentários desagradáveis na internet. Mas, para o mundo inteiro, Rafaella mostrou que podemos superar as dificuldades do meio em que vivemos e os desafios que podemos encontrar pela frente.
MARINA MARTINS CAVICCHIOLI (estudante) – Londrina

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