Campanha Outubro Rosa
Com frequência, sou convidada a falar no Outubro Rosa para grupos de mulheres de diferentes condições socioeconômicas. Porém, este Outubro Rosa me deixou incomodada. Fui fazer uma palestra no Jardim Nova Esperança, na zona sul de Londrina, e, já na chegada ao local, vi o quanto nós vivemos fora de uma realidade preocupante. Enquanto falava para aquele público, me sentia desconfortável porque fui percebendo que toda minha fala era novidade e que sequer poderiam agir preventivamente, com exceção do autoexame. Neste bairro não tem sequer um posto de saúde e como fazer o exame de mamografia que é direito da mulher a partir dos 40 anos, mas o dever da saúde pública não é cumprido? Peço em nome dessas mulheres, que a Secretaria Municipal de Saúde de Londrina olhe para este pedaço da cidade e todos os outros bairros que faltam o básico para a população: saúde, educação e moradia. Como ginecologista e cristã, difícil calar diante de tanto sofrimento dessa e tantas outras comunidades que devem ter o mesmo direito que qualquer cidadão, afinal, perante Deus somos todos iguais.
INÊS PAULUCCI SANCHES (ginecologista e obstetra) – Londrina

O corpo?
O que sugere quem chama de hipócrita os que têm sua moral e regras de vida desrespeitada por outros que camuflados e cínicos se arrogam por artistas e literatos? Opção de vida, é um direito inquestionável desde que não se tente impor nada a ninguém. Se é tão verdade o que defendem os sinceros não moralistas, por que então não vivem como gostariam apenas de suas performances? O que o mundo civilizado quer é a separação das coisas. Do contrário, segundo o sugestor, por que não mostrar filmes pornográficos às crianças e conferir o Oscar àqueles atores? Ora, seria tudo em nome da franqueza e da honestidade! Não me parece honesto viver instintiva e naturalmente como selvagem.
DAVSON MARCELINO SILVA (administrador) - Bandeirantes

Resgatando a nossa honra
É costume dizer que "as coisas sempre foram assim e não vão mudar". Existe até um livreco, elaborado por um pessimista, dizendo que desistiu de tentar ajudar o Brasil. Nada disso pode ser aceito pelas pessoas que têm um mínimo de responsabilidade e respeito pela cidadania. A Alemanha saiu da Guerra Mundial destroçada e transformou-se na terceira economia do mundo; a China deixou de ser o gigante adormecido; o Japão transformou o desastre provocado pelo tsunami em Fukushima, em apenas um ano, reerguendo aquela região devastada. Steve Jobs transformou uma empresa "quase falida" na maior empresa do mundo. Churchill salvou a Inglaterra do desastre final na 2ª Guerra Mundial e De Gaulle voltou triunfante para a sua França libertada, quando muitos covardes aderiram ao inimigo. Muitos países assolados por guerras civis, revoluções, catástrofes naturais, levantaram-se e voltaram a crescer e assegurar, ao seu povo, um nível de vida confortável. Nosso País é muito maior do que os homens que o governam, embora estejamos passando por uma crise grave, tão celebrada por aqueles que querem o "quanto pior melhor". É claro que precisamos de muita coisa: quadros novos, competentes e honestos na atividade política; reformas urgentes. Porém, é preciso agir, e é o que muita gente está fazendo. Não importa o passado servil, a liberdade roubada, a escravidão medonha. Temos que olhar o futuro de frente: "Ou ficar a Pátria livre ou morrer pelo Brasil!".
SERVIO BORGES DA SILVA (advogado) – Londrina

Porto de Paranaguá
Ficou muito linda e emocionante a reportagem "Várias facetas de um porto único" ( Especial Transmídia, 14 e 15/10). A FOLHA fez uma excelente reportagem sobre o Porto de Paranaguá. Também falou sobre o escritor Paulo Leminski; sobre o barista de Curitiba. O jornal vem gradativamente aumentando conteúdos sobre os municípios que têm o pinheiro-do-paraná. Tem publicado cartas de leitores de diferentes cidades, inclusive Curitiba. E para dar mais vida ao jornal quero compartilhar um exemplo: há 20 anos um assinante me dava exemplares de edições anteriores da Folha de Londrina. Agora, compro e recolho jornais e levo para o Centro POP e entrego para quem não assina. Se cada leitor, em vez de jogar no lixo orgânico, doar jornais limpos para quem não pode comprar, deixar em pontos de ônibus ou emprestar estará divulgando e contribuindo para o aumento do número de leitores e anunciantes. Mais importante que a compostagem e a reciclagem é a reutilização. A natureza agradece.
ROGÉRIO DE SOUZA PIRES (estudante de Psicologia) – Umuarama

Intervenção militar: pior não fica
Diante da roubalheira desenfreada, da safadeza translúcida e da ampla impunidade, resta-nos suplicar: general Mourão, venha a nós o vosso reino!
LUIZ ALBERICO PIOTTO (servidor público) – Cambé

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