O cenário é promissor para a construção civil. Os sinais positivos para o setor foram apresentados pelo engenheiro civil e coordenador acadêmico da Fundação Getúlio Vargas do Rio de Janeiro, Pedro de Seixas Corrêa, na palestra de abertura do 13º EncontrosFolha. Realizado na última quinta-feira (14), em Londrina, o evento discutiu o tema “Construção Civil e Imobiliário – O Papel da Construção Civil na Economia do Norte do Paraná”. Na edição desta terça-feira (19), a FOLHA traz a cobertura do Encontro.

Trata-se de um segmento de extrema importância para Londrina e região, pois movimenta a economia tanto direta quanto indiretamente. A 13ª edição do EncontrosFolha teve como painelistas o prefeito Marcelo Belinati, o diretor do grupo Plaenge, Alexandre Fabian, o diretor da Quadra Construtora, Luis Carlos Moro Pires, e o gerente de expansão do Grupo A.Yoshii, Leonardo Schibelsky.

A perspectiva positiva apresentada pelo professor começa se baseando em dois pontos: o deficit habitacional estimado em 6,1 milhões de unidades e a projeção de crescimento de 26% no número de famílias brasileiras de 2017 a 2030. As oportunidades começam a se desenhar, mas para que se tornem realidade as empresas e o poder público precisam fazer a lição de casa: apostar em inovação e trabalhar para afastar os entraves que se apresentam com a burocracia.

Fará diferença ser assertivo, criativo e inovador. Mesmo porque, lembra o professor, é preciso estar atento à janela demográfica que o Brasil vive desde 2000 quando começou a transição de um país jovem para um perfil idoso. Segundo Corrêa, essa janela termina nos anos 2030 e depois dessa fase o cenário deve mudar para o segmento. A inovação será a ferramenta para as empresas entenderem as mudanças na sociedade e na composição das famílias e assim conseguirem projetar a demanda.

Temas como plano diretor, excesso de leis, normas, decretos e as interpretações dessas regras foram abordados pelos painelistas e pelo público presente.

Nesse momento de retomada do crescimento econômico brasileiro, é pertinente discutir a construção civil, área que gera tantos empregos e impacta na qualidade de vida das pessoas. Lembrando ainda a premissa de que o segmento é o “termômetro” da economia do País: se a economia vai bem, a construção segue no mesmo caminho.