Apesar de revolta manifestada em redes sociais, apenas 16 moradores estiveram na Câmara
Apesar de revolta manifestada em redes sociais, apenas 16 moradores estiveram na Câmara | Foto: CMJ/Divulgação



Sete dos nove vereadores de Jacarezinho aprovaram na noite de segunda-feira (23), em segundo turno, o Projeto de Lei do Legislativo nº 16/2017 que lhes concede o recebimento de 13º salário e o valor correspondente às férias.

Os vereadores Sidnei Francisquinho (PHS), Luiz Carlos do Nascimento (PDT), José Isaías Gomes (PT), Diogo Augusto Biato Filho (PSB), Edilson da Luz (DEM), Fúlvio Boberg (PMDB) e André de Sousa Melo (DEM) votaram favoráveis ao PLL. Nilton Stein (PT) e Patrícia Martoni (PDT) recuaram, e deram parecer contrário ao da sessão anterior.

O petista Nilton Stein alegou respeito às manifestações contrárias ao PLL pelos jacarezinhenses. "Votei pautado pelos princípios que sempre defendi: ouvir a população e agir de acordo com a vontade da maioria", justificou. A pedetista Patrícia Martoni não comentou sua votação.

De acordo com o assessor jurídico da Câmara de Vereadores de Jacarezinho, o PLL é constitucional e segue decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que, em Recurso Extraordinário julgado no dia 1º de fevereiro deste ano, autorizou as câmaras de vereadores de todo o País a concederem o pagamento dos benefícios aos parlamentares.

A medida representará um adicional de R$ 38,7 mil com o pagamento do 13º aos parlamentares, enquanto que, com as férias, o custo dos subsídios aumentará em R$ 12,9 mil. Cada vereador jacarezinhense recebe R$ 4,3 mil mensal como subsídio.

O projeto agora segue para a sansão do prefeito Sérgio Eduardo Emygdio de Faria (DEM). Ele foi procurado novamente pela reportagem da FOLHA para falar sobre o assunto e, como na semana passada, não atendeu as ligações.

AUDITÓRIO VAZIO
A aprovação do PLL16/2017, em primeira votação, repercutiu negativamente nas redes sociais. Os eleitores de Jacarezinho criticaram arduamente os vereadores, e prometeram lotar o auditório da casa legislativa na segunda-feira para protestarem. No entanto, apenas 16 pessoas estiveram presentes na sessão ordinária que sacramentou a vontade dos políticos.