Cornélio Procópio está trabalhando para dar um salto na sua industrialização por meio de parceria com a UENP
Cornélio Procópio está trabalhando para dar um salto na sua industrialização por meio de parceria com a UENP | Foto: Gustavo Carneiro/12-02-2018



É muito difícil para um município sozinho tentar reverter uma tendência de crise que é nacional, analisa o economista Marcos Rambalducci. "Algumas cidades sofrem mais e outras menos. Aquela pujança que as cidades do Paraná tinham até 2013 se perdeu em função das próprias questões macroeconômicas". Ele aconselha os municípios a atraírem indústrias que embarquem tecnologia e que sejam puxadoras de outras indústrias ao seu redor. "Essa é a grande sacada. Assim conseguimos começar a gerar empregos. A outra maneira é desenvolver empresas que já estão dentro do município, dando as condições necessárias para elas crescerem. Não há necessidade de doar o terreno, mas pode ser concedido algum incentivo na forma de redução de impostos", declarou.

O economista explica que o incentivo à criação de APLs (arranjos produtivos locais) pode organizar melhor toda a rede de produção e auxiliar na evolução do PIB do município. "Quando a gente trabalha na governança de setores desses APLs, a gente cria uma dinâmica melhor, pois é possível somar esforços no sentido de baratear a matéria-prima e ganhar o mercado internacional", apontou. Para ele, a grande tônica para fazer com que as cidades revertam essa dependência da área de serviços e não se tornem tão reféns da situação econômica nacional é a industrialização.

O secretário municipal de Indústria e Comércio, Celso Wanderlei Marin, afirmou que Cornélio Procópio está trabalhando para dar um salto na sua industrialização por meio de parceria com a UENP (Universidade Estadual do Norte do Paraná) e UTFPR (Universidade Tecnológica Federal do Paraná), que criou uma incubadora que já possui 18 empresas. "Estamos pensando no futuro parque tecnológico que está sendo desenvolvido. O custo total do parque em todas as etapas está avaliado em R$ 80 milhões. Nesta fase inicial realizaremos um investimento de R$ 10 milhões e já temos 60% desses recursos para o início das obras", ressaltou.

O parque tecnológico possui cinco alqueires e ficará na saída para Santa Mariana, a três quilômetros da universidade. "A infraestrutura está sendo trabalhada. Já temos verba para construir o primeiro prédio", apontou. (V.O.)

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