Caracas - A Venezuela entra em uma semana decisiva para a eleição, no próximo domingo (30), de uma polêmica assembleia que reformará a Constituição, da qual a oposição não participará por considerar que perpetuará o governo de Nicolás Maduro no poder. "Não é o momento de se render nem de se assustar. Estamos nas horas decisivas e de definição para o futuro do país", disse neste domingo (23) o deputado Freddy Guevara, em coletiva de imprensa em representação da coalizão opositora Mesa de la Unidad Democrática (MUD).

Redobrando a pressão na reta final da sua ofensiva contra a Assembleia Nacional Constituinte, a oposição convocou uma greve de 48 horas na quarta (26) e na quinta-feira. Guevara explicou que a ação será uma "greve geral" apoiada pela principais organizações sindicais do país. A MUD convocou, além disso, uma grande marcha em Caracas na sexta-feira (28).

Mas o presidente está decidido a levar adiante seu projeto. "Do exterior, a direita imperial acredita que pode dar ordens na Venezuela, e na Venezuela o único que dá ordens é o povo", assegurou Maduro, ao iniciar seu programa dominical.