Diversas empresas dos Estados Unidos ficaram fechadas em grandes cidades do país nesta quinta-feira (16) e outras trabalharam com capacidade reduzida graças à adesão ao protesto denominado "Um Dia sem Imigrantes" (A Day Without Immigrants). A iniciativa começou nas redes sociais com o objetivo de protestar contra as políticas migratórias do presidente Donald Trump e se espalhou por todo país. As informações são da Agência Ansa.

Centenas de companhias da construção civil, restaurantes, supermercados e outros estabelecimentos não funcionaram para mostrar ao presidente a importância dos imigrantes para a economia do país. Em Nova York, Washington, Boston, na Filadélfia e em Los Angeles, vários imigrantes abandonaram seus postos de trabalho e se negaram a fazer compras e a usar o transporte público, ignorando por um dia a economia norte-americana.

Em Washington, os manifestantes marcharam até a Casa Branca, sede do governo norte-americano, e diversas ruas foram interditadas. Manifestantes carregavam cartazes com frases como "Nenhum ser humano é ilegal" e "Você come comida? Então você precisa de imigrantes".

Diversos imigrantes salvadorenhos, colombianos, indianos e coreanos uniram-se ao protesto contra as medidas anunciadas por Trump, que quer acelerar a deportação de imigrantes ilegais e proibir a entrada de refugiados no país. Em alguns locais foram afixados cartazes que diziam: "fechado por greve geral". Escolas receberam ligações de imigrantes informando que estavam doentes e não iriam às aulas.

Segundo o Escritório do Censo, a população de imigrantes nos Estados Unidos cresceu de maneira histórica nos últimos anos. De acordo com os últimos dados, divulgados em 2013, 13% dos habitantes do país nasceram no exterior, o equivalente a mais de 41 milhões de pessoas.