Medida busca fechar o cerco contra redes de tráfico de pessoas que atuam no Mediterrâneo
Medida busca fechar o cerco contra redes de tráfico de pessoas que atuam no Mediterrâneo | Foto: Shutterstock


São Paulo - A União Europeia suspendeu a venda de botes infláveis e motores para barcos para a Líbia, principal ponto de partida de migrantes e refugiados que tentam cruzar o mar Mediterrâneo em busca de asilo na Europa. A medida, adotada na segunda-feira (17) em reunião dos chanceleres dos países-membros do bloco, busca fechar o cerco contra redes de tráfico de pessoas e não se aplicará para quem busque comprar equipamentos para "usos legítimos", como pescadores.

Não está claro, no entanto, como o bloco regional fiscalizará as transações para evitar que os equipamentos vendidos não sejam repassados a traficantes de pessoas. Atualmente, a UE fiscaliza as águas do Mediterrâneo e manda de volta aos países de origem pessoas que não tenham atendam às exigências para se candidatar a uma vaga no sistema de asilo do bloco.

O chanceler de Luxemburgo, Jean Asselborn, alertou que muitos desses migrantes devolvidos acabam em "campos de concentração" na Líbia, sujeitos à ação de gangues e à violência sexual.

Desde o início de 2017, mais de 110 mil pessoas cruzaram o Mediterrâneo em busca de asilo e 2.300 morreram durante a travessia. Os principais países de origem dos refugiados são Nigéria, Guiné e Costa do Marfim.