Trump e Trudeau tentaram demonstrar algum tipo de afinidade, mesmo tendo posições antagônicas sobre temas como imigração e segurança
Trump e Trudeau tentaram demonstrar algum tipo de afinidade, mesmo tendo posições antagônicas sobre temas como imigração e segurança | Foto: Mandel Ngan/AFP



Washington - Ao lado do primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, na Casa Branca, o presidente americano, Donald Trump, disse nesta segunda-feira (13) que vai "ajustar" sua relação comercial com o país vizinho, três semanas após prometer que renegociaria o Nafta, acordo de livre comércio com Canadá e México.

Numa entrevista coletiva na qual ambos tentaram demonstrar algum tipo de afinidade - mesmo tendo posições antagônicas sobre diversos temas, como imigração e segurança -, Trump elogiou a relação comercial "espetacular" com o Canadá, disse que trabalharia junto com o vizinho para "torná-la ainda melhor" e criticou o México.

"[Com o Canadá] É uma situação muito menos grave do que a que está acontecendo na nossa fronteira ao sul [com o México]. Na fronteira ao sul, por muitos e muitos anos, a transação não foi justa com os EUA", disse o presidente americano.

Durante a campanha, Trump disse que o Nafta era o pior acordo comercial já assinado pelos EUA e, dois dias depois de tomar posse, afirmou que iria renegociar o seu texto, de forma a torná-lo "justo" aos trabalhadores americanos. E ameaçou retirar o país do Nafta se não conseguir fazê-lo. Trudeau, por sua vez, destacou que "milhões de bons empregos de classe média dos dois lados da fronteira dependem dessa parceria crucial" entre EUA e Canadá. "[A relação] É uma real preocupação para muitos canadenses porque sabemos que a nossa economia é muito dependente dos EUA", disse o premiê. "E, no fim, Canadá e EUA sempre serão o parceiro mais essencial um do outro."

Os dois países têm uma balança comercial de US$ 545 bilhões, sendo que os EUA têm um deficit de US$ 11 bilhões. Com o México, a balança dos EUA é de US$ 525 bilhões, e o deficit americano, de US$ 63 bilhões.