São Paulo - O candidato republicano à Casa Branca, Donald Trump, voltou a negar nesta quinta-feira (13) as acusações de assédio sexual reveladas pelo jornal "New York Times" na véspera. Duas mulheres relataram ao jornal terem sido vítimas de assédio do empresário no passado, uma em um avião nos anos 1980 e outra na Trump Tower enquanto esperava um elevador 11 anos atrás.
"As acusações são absurdas, ridículas e desafiam a verdade, senso comum e lógica", disse Trump nesta quinta durante evento de campanha na Flórida. "Já temos provas substanciais para contestar estas mentiras, e iremos torná-las públicas de uma maneira apropriada e em momento apropriado, logo."
O bilionário disse ainda que sua campanha é uma "ameaça existencial" ao establishment político e acusou a candidata democrata, Hillary Clinton, o "New York Times" e outros veículos de comunicação de estarem em uma "tentativa perversa" de pará-lo.
Há uma semana, ressurgiu um vídeo em que Trump dizia poder fazer "qualquer coisa" com garotas quando se é "uma estrela", inclusive "pegá-las pela xoxota". Segundo a NBC, dois grandes doadores pediram reembolso após a gravação vir à tona - um dos arrependidos se apresenta como "pai de duas filhas".
O "New York Times" afirmou nesta quinta-feira que mantém as informações publicadas. "Nada em nosso artigo teve o menor efeito na reputação que o sr. Trump, por meio de suas próprias palavras e ações, criou para si mesmo", disse David McCraw, vice-presidente e conselheiro do jornal, em carta ao advogado de Trump.
Nesta quarta, quando da publicação da reportagem, a campanha do republicano disse que a história era "ficção". O jornal ouviu Jessica Leeds, de 74 anos, que à época do assédio era empresária do ramo de papel, e Rachel Crooks, uma recepcionista de 22 anos quando encontrou o bilionário na Trump Tower há 11 anos.