Atendimento aos feridos no ataque mobilizou os serviços de emergência da capital britânica
Atendimento aos feridos no ataque mobilizou os serviços de emergência da capital britânica | Foto: Niklas Halle’n/AFP



Londres - Um homem matou ao menos quatro pessoas e feriu outras 40 pessoas em um ataque nos arredores do Parlamento britânico, em Londres, nesta quarta-feira (22). A ação está sendo tratada pelas autoridades como um ato terrorista. O terrorista foi morto pela polícia. Nenhum grupo assumiu a autoria.

De acordo com as autoridades, o suspeito avançou com o veículo, um Hyundai i40 (vendido no Brasil como New Tucson), na direção de pedestres na ponte de Westminster antes de colidir com uma grade da área externa do Palácio de Westminster, que abriga o Parlamento.

O terrorista saiu do carro e esfaqueou um policial na entrada do Parlamento antes de ser morto pelos policiais. O agente esfaqueado, Keith Palmer, de 48 anos, e outros três civis morreram, informou a polícia de Londres.

Quarta-feira é o dia da tradicional sessão em que o primeiro-ministro responde a questionamentos dos membros do Parlamento na Câmara dos Comuns. O ataque ocorreu duas horas após a saída da primeira-ministra, Theresa May, da sessão na Câmara dos Comuns. Ela foi retirada do Parlamento, segundo o jornal "The Guardian", minutos após o incidente.

O assessor parlamentar Marcos Gold estava com um grupo de visitantes na entrada do prédio, do lado de dentro dos portões, quando ouviu gritos seguidos de um estrondo. Ele relatou que logo após a colisão foi possível ver fumaça branca subindo do lado de fora da grade. "Foi quando vimos um homem entrando com o que pareciam ser duas facas. A polícia logo cercou o homem e nós entramos no prédio", disse Gold. "Nessa hora ouvimos o barulho dos tiros. Ficamos em uma das salas adjacentes ao Westminster Hall. A polícia pediu que ficássemos ali até que fomos conduzidos ao salão principal."

Membros do Parlamento, funcionários e jornalistas foram mantidos no edifício onde ficam a Câmara dos Comuns e a Câmara dos Lordes até que a polícia terminasse a varredura. Por conta do ataque, todas as sessões foram encerradas, mas as atividades serão retomadas nesta quinta-feira (23), informou o Parlamento. No momento do ataque, a Câmara dos Comuns discutia medidas de segurança contra o terrorismo.

Chris Grayling, secretário do Departamento de Transportes, comentava o anúncio feito na terça (21) de que passageiros de voos vindos da Turquia, Líbano, Jordânia, Egito, Tunísia e Arábia Saudita estão proibidos de carregar telefones grandes, tablets, e-readers e laptops na bagagem de mão.

RESPOSTA
"Nós nunca iremos ceder ao terror", afirmou a primeira-ministra Theresa May, em pronunciamento à imprensa na noite desta quarta. Ela condenou o ataque, que chamou de "doentio e imoral".

"Não foi por acaso que o agressor escolheu o Parlamento, que simboliza a democracia, a liberdade e a lei."